Dados recentes da ONU revelaram que uma em cada dez bombas lançadas pelas forças do exército israelense na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, não explodiu, representando ameaças contínuas à vida dos palestinos, especialmente devido à alta densidade populacional e ao retorno de algumas famílias às áreas destruídas.
De acordo com o Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), essas bombas não detonadas causam acidentes trágicos.
Pelo menos 23 pessoas morreram e outras 162 ficaram feridas, a maioria civis, devido à explosão dessas munições enquanto os moradores estavam em suas casas ou tentando remover os escombros.
Autoridades de ajuda humanitária indicaram que os esforços internacionais para remover as bombas não detonadas durante períodos de calmaria enfrentam obstáculos significativos por parte das autoridades israelenses, que obstruem a entrada de equipes especializadas e equipamentos necessários na Faixa de Gaza.
Especialistas alertam que deixar as bombas não detonadas sem tratamento aumentará o número de vítimas no futuro, complicará os esforços de reconstrução e agravará a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza.
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