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420 mil palestinos foram deslocados em Gaza desde que Israel violou o cessar-fogo, afirma UNRWA

19 de abril de 2025, às 12h31

Palestinos que montaram tendas dentro e ao redor do prédio do Conselho Legislativo, destruído por ataques israelenses, tentam sobreviver com recursos limitados na Cidade de Gaza, Gaza, em 16 de abril de 2025 [Khames Alrefi/Agência Anadolu]

A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) informou na sexta-feira que 420 mil palestinos foram deslocados em Gaza desde 18 de março, após a violação israelense de um acordo de cessar-fogo.

Em um comunicado, a agência alertou que “ajuda humanitária e suprimentos não entraram na Faixa de Gaza desde 2 de março de 2025, quando as autoridades israelenses impuseram um cerco”.

“Isso já é três vezes mais longo do que o imposto em outubro de 2023, quando a guerra começou”, acrescentou.

Observou que há “pelo menos 20 ordens de deslocamento emitidas pelo exército israelense entre 18 de março e 14 de abril, no total”, resultando em “cerca de 69% da Faixa de Gaza sob ordens de deslocamento ativas, dentro da zona proibida ou ambas”.

A agência estimou que “quase 420.000 pessoas foram deslocadas novamente desde o rompimento do cessar-fogo”.

Afirmou também que “a retomada dos bombardeios e a restrição total da ajuda estão prejudicando severamente a capacidade das agências humanitárias de responder às necessidades urgentes — especialmente alimentos, água potável, saneamento, abrigo e suprimentos médicos”.

Israel retomou seus ataques em Gaza em 18 de março, rompendo uma trégua de dois meses.

Mais de 51.000 palestinos foram mortos em Gaza em um ataque israelense brutal desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.

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