A inflação anual de preços ao consumidor urbano do Egito caiu para 12,8% em fevereiro, de 24% em janeiro, desacelerando ainda mais rápido do que os analistas esperavam, mostraram dados oficiais na segunda-feira.
A queda foi amplificada por um efeito de base estatística, já que aumentos de preços excepcionalmente rápidos dos últimos dois anos não foram mais refletidos nas estatísticas, disseram analistas. Quinze analistas entrevistados pela Reuters na semana passada esperavam que a inflação caísse para uma mediana de 14,5%.
Mês a mês, os preços foram 1,4% mais altos em fevereiro do que em janeiro. Os preços de alimentos e bebidas subiram 3,7% ao ano após subirem 0,2% em janeiro.
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A inflação básica também caiu mais do que o esperado para 10% na comparação anual em fevereiro, de 22,6% em janeiro, disse o banco central do Egito.
A inflação subiu após a invasão russa da Ucrânia no início de 2022, o que levou investidores estrangeiros a sacar bilhões de dólares dos mercados de títulos do tesouro egípcio. A inflação geral atingiu um recorde de 38% em setembro de 2023.
Os aumentos de preços foram alimentados em parte pelo rápido crescimento da oferta de moeda. A oferta de moeda M2 expandiu-se em uma alta histórica de 32,1% no ano até o final de janeiro, mostraram dados do banco central.
O Egito desvalorizou sua moeda há um ano, aumentou as taxas de juros em 600 pontos-base e assinou um pacote de apoio financeiro de US$ 8 bilhões com o Fundo Monetário Internacional, ajudando a controlar suas finanças.