Celine Schmitt, porta-voz do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), estimou nesta sexta-feira (7) que ao menos um milhão de deslocados internos radicados em campos no noroeste do país devem voltar para suas áreas de origem em 2025 — seiscentos mil deles, nos próximos seis meses.
Schmitt deu os números atualizados durante coletiva de imprensa semanal na sede da agência em Genebra.
Segundo a Organização Internacional para Migração (OIM), também filiada à ONU, em torno de 750 mil deslocados internos já voltaram a suas casas na Síria desde novembro de 2024, quando eclodiu o avanço relâmpago da oposição que resultou no colapso do regime de Bashar al-Assad.
Contudo, sete milhões permanecem deslocados.
Os relatórios indicam, no entanto, queda considerável no deslocamento interno desde dezembro, quando Assad fugiu do país.
O ritmo acelerado no retorno dos deslocados internos coincide ainda com o retorno de refugiados de fora do país, que anseiam participar da reconstrução síria.
Em 8 de dezembro, grupos da oposição síria chegaram a Damasco, encerrando mais de seis décadas de ditadura baathista e 53 anos de dinastia Assad.