O grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) declarou um cessar-fogo com Turquia, aceitando o apelo de seu líder preso para depor as armas e abandonar sua luta de décadas contra o estado turco.
Na quinta-feira, Abdullah Ocalan – o líder do PKK que está preso em uma ilha turca há 25 anos – emitiu uma declaração pedindo que seu grupo separatista curdo “deponha as armas, e eu assumo a responsabilidade histórica desse chamado”.
Sua declaração, que foi feita em uma carta revelada por membros do partido pró-curdo DEM da Turquia, também expressou o desejo do líder de que o PKK realize um congresso no qual eles concordem formalmente em dissolver o grupo
Após esse chamado de Ocalan, de 75 anos, o comitê executivo do PKK emitiu no sábado sua própria declaração transmitida por seu canal de notícias ANF, dizendo que “para abrir caminho para a implementação do chamado do líder Apo [Ocalan] por paz e sociedade democrática, estamos declarando um cessar-fogo efetivo a partir de hoje”. O grupo garantiu que “nenhuma de nossas forças tomará ação armada a menos que seja atacada”.
O grupo confirmou que “concordamos com o conteúdo do chamado como ele é e dizemos que o seguiremos e implementaremos”, mas acrescentou algumas condições que espera que sejam realizadas dentro desse objetivo. Isso inclui a demanda para que o próprio Ocalan “dirija e lidere pessoalmente para o sucesso do congresso”.
O PKK também pediu a flexibilização das condições de prisão de Ocalan, afirmando que ele “deve ser capaz de viver e trabalhar em liberdade física e ser capaz de estabelecer relacionamentos desimpedidos com quem quiser, incluindo seus amigos”.