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‘Sem negociação, sem concessão’, diz chefe militar do Sudão sobre guerra civil

15 de fevereiro de 2025, às 14h51

Abdel Fattah el-Burhan, chefe do exército e governante de facto do Sudão, em Porto Sudão, em 25 de novembro de 2024 [AFP via Getty Images]

Abdel Fattah el-Burhan, chefe do exército e governante de facto do Sudão, disse nesta quinta-feira (13) que não haverá “negociação ou concessão” com as Forças de Suporte Rápido (FSR), coalizão paramilitar que enfrenta seu regime.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“O exército não abandonará aqueles que pegaram em armas para lutar conosco nesta guerra por dignidade [sic]”, disse Burhan ao visitar uma base militar em Omdurman, a oeste da capital Cartum. “Estes serão parceiros em qualquer projeto político que surja para o país”.

“No entanto”, declarou o general, “não haverá negociação ou concessão com aqueles que pegaram em armas contra o Estado e seu povo [sic] e seguiremos no caminho da vitória até limpar cada centímetro do país das forças paramilitares”.

O exército sudanês fez ganhos recentes contra seus ex-parceiros do golpe de Estado de outubro de 2021, na capital Cartum e outras áreas estratégicas.

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Segundo relatos, entre outros avanços, o exército ganhou terreno em Soba, ao sul de Cartum, ao tomar controle da ponte que conecta a capital ao leste do Nilo.

A guerra civil no Sudão eclodiu em meados de abril de 2023, sob divergências políticas entre as partes aliadas. Desde então, o conflito deixou em torno de 20 mil mortos e 14 milhões de deslocados, segundo dados das Nações Unidas.

Estudos americanos, contudo, calculam até 130 mil mortes.