Ahmed Safadi, presidente do Parlamento da Jordânia, negou rumores de que as autoridades requisitaram a extradição de Ahlam Tamimi, ex-prisioneira jordaniana libertada das cadeias de Israel.
Agências locais alegaram que Tamimi, condenada pelo exército israelense por um suposto atentado a bomba em 2001, fora instruída a deixar o país.
Segundo os relatos, autoridades jordanianas chegaram a contactar o Hamas para informar o movimento palestino, ao qual Tamimi é filiada, para que partisse do reino, sob o risco de deportação aos Estados Unidos.
O website jordaniano Madar Al Saa, chegou a afirmar que Tamimi não compareceu ao trabalho desde então, em um centro de pesquisas de Amã.
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Em 2017, os Estados Unidos — no primeiro mandato de Donald Trump — requereram a extradição de Tamimi para ser julgada por uma operação de resistência de agosto de 2001, no restaurante Sbarro de Jerusalém ocupada.
A Corte de Recursos da Jordânia, no entanto, indeferiu a extradição, ao mencionar a inexigibilidade do tratado assinado entre Jordânia e Estados Unidos.
O incidente em Jerusalém matou 15 colonos, incluindo dois cidadãos americanos. A ocupação israelense deteve Tamimi pouco depois, ao condená-la, mediante tribunal militar, a 16 penas perpétuas.
Tamimi, contudo, foi libertada em 2011 como parte de um acordo de troca de prisioneiros; desde então, reside em Amã.
Em 2013, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou Tamimi, apesar da negativa jordaniana, sem que o parlamento do país árabe ratificasse, desta forma, o acordo de extradição com a Casa Branca.
Em 2017, as autoridades americanas ampliaram o escopo das acusações a “terrorismo”, ao colocá-la na lista de mais procurados do FBI.
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