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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ambulâncias do Crescente Vermelho param de circular no norte de Gaza

Ambulâncias do Crescente Vermelho na Faixa de Gaza, 20 de novembro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

A Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina relatou nesta sexta-feira (11) que todas as suas ambulâncias a serviço no norte de Gaza pararam de funcionar devido à invasão e ao cerco militar de Israel à região, por seis dias consecutivos.

“Seis ambulâncias estão completamente inoperantes devido à falta de combustível, dado que a ocupação israelense impede a entrada de insumos ao norte de Gaza”, afirmou Raed al-Nems, porta-voz da entidade em Gaza, à agência Anadolu.

Al-Nems reiterou que a suspensão dos serviços paralisou o resgate de feridos e pacientes no norte do enclave, em meio a uma situação humanitária “em rápida deterioração, com a continuação do sítio”.

“O cerco israelense está impedindo a chegada de insumos humanitários, assistenciais e médicos absolutamente basilares”, acrescentou.

Al-Nems observou que o Crescente Vermelho mantém contato com agências das Nações Unidas, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para “levar assistência médica e humanitária ao norte, diante da situação extrema sob falta de combustível e insumos de saúde essenciais”.

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Na terça-feira (8), o Ministério da Saúde de Gaza informou que o exército ocupante instou a evacuação de funcionários e pacientes de três hospitais no norte, ao ameaçar mortes e prisões como em outras instâncias — incluindo o Hospital al-Shifa.

As ordens de deslocamento compulsório coincidiram com uma nova operação militar de Israel no campo de refugiados de Jabaliya, a partir de domingo (6) — sucedida pelos mais intensos ataques aéreos à região desde maio.

Israel mantém sua campanha contra Gaza em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU, além de ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, por desescalada e fluxo humanitário.

Em um ano, Israel deixou ao menos 42 mil mortos e 98 mil feridos em Gaza, além de dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — sem alimentos, água, medicamentos ou combustível. Entre as fatalidades, 16.700 são crianças.

Israel é réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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