A Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina relatou nesta sexta-feira (11) que todas as suas ambulâncias a serviço no norte de Gaza pararam de funcionar devido à invasão e ao cerco militar de Israel à região, por seis dias consecutivos.
“Seis ambulâncias estão completamente inoperantes devido à falta de combustível, dado que a ocupação israelense impede a entrada de insumos ao norte de Gaza”, afirmou Raed al-Nems, porta-voz da entidade em Gaza, à agência Anadolu.
Al-Nems reiterou que a suspensão dos serviços paralisou o resgate de feridos e pacientes no norte do enclave, em meio a uma situação humanitária “em rápida deterioração, com a continuação do sítio”.
“O cerco israelense está impedindo a chegada de insumos humanitários, assistenciais e médicos absolutamente basilares”, acrescentou.
Al-Nems observou que o Crescente Vermelho mantém contato com agências das Nações Unidas, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para “levar assistência médica e humanitária ao norte, diante da situação extrema sob falta de combustível e insumos de saúde essenciais”.
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Na terça-feira (8), o Ministério da Saúde de Gaza informou que o exército ocupante instou a evacuação de funcionários e pacientes de três hospitais no norte, ao ameaçar mortes e prisões como em outras instâncias — incluindo o Hospital al-Shifa.
As ordens de deslocamento compulsório coincidiram com uma nova operação militar de Israel no campo de refugiados de Jabaliya, a partir de domingo (6) — sucedida pelos mais intensos ataques aéreos à região desde maio.
Israel mantém sua campanha contra Gaza em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU, além de ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, por desescalada e fluxo humanitário.
Em um ano, Israel deixou ao menos 42 mil mortos e 98 mil feridos em Gaza, além de dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — sem alimentos, água, medicamentos ou combustível. Entre as fatalidades, 16.700 são crianças.
Israel é réu por genocídio em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
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