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A segurança da Jordânia é uma linha vermelha, diz o Hamas

O rei Abdullah II da Jordânia discursa durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em Nova Iorque, EUA, em 19 de setembro de 2023 [Jeenah Moon/Bloomberg via Getty Images]

O grupo de resistência islâmica Hamas agradeceu ao rei Abdullah II da Jordânia por sua posição de apoio aos palestinos, especificamente à Faixa de Gaza.

Em uma carta enviada às autoridades jordanianas, o movimento disse que a segurança da Jordânia é uma linha vermelha, e “devemos virar a página de qualquer mal-entendido ou desacordo”.

A mensagem do Hamas se concentrou em três questões. Primeiro, as declarações ou intervenções dos membros do movimento que podem ter sido mal interpretadas na Jordânia. A mensagem explicava que essas declarações eram um meio pelo qual a liderança estava prestando homenagem ao povo jordaniano e não um esforço para interferir nos assuntos internos do país.

O conteúdo e a parte operacional da carta confirmam que o Hamas não tem nenhuma relação organizacional de qualquer tipo com a Irmandade Muçulmana da Jordânia, com uma explicação que inclui uma indicação de que o Hamas não coordena nenhum de seus programas, seja na Jordânia seja no exterior, com a Irmandade Muçulmana em nenhum lugar.

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Nesse sentido, o movimento tem decisões organizacionais claras e nítidas e se considera apenas uma facção de resistência nacional palestina, sem vínculos com quaisquer correntes no exterior.

Ele enfatizou que a liderança do Hamas estava muito satisfeita com a posição avançada da Jordânia em apoio a Gaza e reafirmou seu forte apreço pelo papel desempenhado contra a agressão por Sua Majestade o Rei Abdullah em pessoa. Acrescentando que o papel de Sua Majestade e da Jordânia no desmantelamento do bloqueio e na entrega de ajuda foi bem-vindo e altamente benéfico.

O Hamas explicou que acredita que a segurança e a estabilidade internas da Jordânia, sua integridade e a sobrevivência de suas instituições são uma parte essencial dos planos para enfrentar o projeto israelense de direita.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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