Aviões dos EUA lançam pacotes assistenciais ao norte de Gaza

Os Estados Unidos conduziram mais uma rodada de lançamentos aéreos de pacotes assistenciais ao norte de Gaza, segundo comunicado oficial emitido nesta quinta-feira (11).

“A operação conjunta incluiu uma aeronave C-130 da Força Aérea dos Estados Unidos e soldados especializados em remessas aéreas de suprimentos humanitários”, relatou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) em nota emitida na rede social X (Twitter).

Segundo as informações, as aeronaves lançaram mais de 2.7 toneladas de alimentas, totalizando 855 toneladas até então.

Os Estados Unidos insistem em lançamentos aéreos a Gaza em vez de utilizar rotas mais eficientes por terra. Organizações de direitos humanos alertam que o envio por ar não é apenas insuficiente, como degradante. Lançamentos prévios resultaram em óbitos, seja por esmagamento ou afogamento, além de danos a infraestruturas civis.

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O Pentágono é ainda o maior fornecedor de ajuda militar a Israel, que conduz bombardeios indiscriminados a Gaza, totalizando US$3.8 bilhões anuais.

Em março, Washington ratificou o envio de 1.800 bombas MK84 de 900 kg e 500 bombas MK82 de 220 kg. Armamentos como esses estão associados a fatalidades em massa dentre a população civil da Faixa de Gaza.

O Departamento de Estado aprovou ainda a transferência de 25 motores a jatos combatentes F-35, estimados em torno de US$2.5 bilhões.

Israel impõe um cerco absoluto a Gaza desde outubro, ao proibir a entrada de comida, medicamento, água e combustível. Desde então, autoriza pequenas remessas esporadicamente, contudo, sob ameaça de ataques diretos às rotas assistenciais.

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União Europeia, Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades relevantes confirmam que as ações israelenses em Gaza levaram a uma “crise de fome manufaturada”, deixando milhares de crianças mortas ou gravemente subnutridas.

Os seis meses de ofensiva israelense ao enclave palestino deixaram 33.545 mortos e 76.094 feridos, até então, além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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