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Aviões dos EUA lançam pacotes assistenciais ao norte de Gaza

Caixas de assistência humanitária são lançadas de aviões a Gaza, em 1° de abril de 2024 [Ramzi Mahmud/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos conduziram mais uma rodada de lançamentos aéreos de pacotes assistenciais ao norte de Gaza, segundo comunicado oficial emitido nesta quinta-feira (11).

“A operação conjunta incluiu uma aeronave C-130 da Força Aérea dos Estados Unidos e soldados especializados em remessas aéreas de suprimentos humanitários”, relatou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) em nota emitida na rede social X (Twitter).

Segundo as informações, as aeronaves lançaram mais de 2.7 toneladas de alimentas, totalizando 855 toneladas até então.

Os Estados Unidos insistem em lançamentos aéreos a Gaza em vez de utilizar rotas mais eficientes por terra. Organizações de direitos humanos alertam que o envio por ar não é apenas insuficiente, como degradante. Lançamentos prévios resultaram em óbitos, seja por esmagamento ou afogamento, além de danos a infraestruturas civis.

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O Pentágono é ainda o maior fornecedor de ajuda militar a Israel, que conduz bombardeios indiscriminados a Gaza, totalizando US$3.8 bilhões anuais.

Em março, Washington ratificou o envio de 1.800 bombas MK84 de 900 kg e 500 bombas MK82 de 220 kg. Armamentos como esses estão associados a fatalidades em massa dentre a população civil da Faixa de Gaza.

O Departamento de Estado aprovou ainda a transferência de 25 motores a jatos combatentes F-35, estimados em torno de US$2.5 bilhões.

Israel impõe um cerco absoluto a Gaza desde outubro, ao proibir a entrada de comida, medicamento, água e combustível. Desde então, autoriza pequenas remessas esporadicamente, contudo, sob ameaça de ataques diretos às rotas assistenciais.

LEIA: A hipocrisia do governo dos EUA e a insolência de Israel

União Europeia, Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades relevantes confirmam que as ações israelenses em Gaza levaram a uma “crise de fome manufaturada”, deixando milhares de crianças mortas ou gravemente subnutridas.

Os seis meses de ofensiva israelense ao enclave palestino deixaram 33.545 mortos e 76.094 feridos, até então, além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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