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Trump insta Israel a ‘acabar com o problema’ em Gaza, sugere maior escalada

Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Palm Beach, na Flórida, em 5 de março de 2024 [Eva Marie Uzcategui/Bloomberg via Getty Images]

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à eleição deste ano, afirmou que Israel deve “acabar com o problema” em Gaza, ao sugerir que o regime da ocupação intensifique seus crimes de guerra e genocídio contra o povo palestino.

Em entrevista concedida à emissora de extrema-direita Fox News, Trump declarou sobre Gaza: “É preciso acabar com o problema. [Israel] sofreu uma invasão terrível que jamais aconteceria se eu fosse presidente”.

Trump evitou uma resposta direta sobre um cessar-fogo, mas reiterou seu apoio a Israel.

As alegações do candidato republicano contradizem seu slogan de “America First” — ou “Estados Unidos em primeiro lugar” —, segundo o qual, o regime americano deve concentrar-se fundamentalmente em seus problemas domésticos, em vez de conflitos internacionais.

Trump descreveu a atual presidência de seu oponente democrata Joe Biden como “mole”, ao permitir tanto a operação transfronteiriça do grupo palestino Hamas ao território designado Israel, quanto a invasão russa na Ucrânia.

LEIA: Consciente e inconcebível: Israel mata Gaza de fome

Karoline Leavitt, assessora de imprensa do candidato republicano, declarou em nota: “Trump fez mais por Israel que qualquer outro presidente americano na história e assumiu um posicionamento histórico no Oriente Médio, em um ritmo sem precedentes”.

“Com a volta de Trump ao Salão Oval, Israel será mais uma vez protegido, o Irã voltará à decadência e terroristas serão caçados”, acrescentou.

Trump foi responsável por transferir a embaixada americana de Tel Aviv à cidade ocupada de Jerusalém, em violação à lei internacional. Biden, que sofre recordes de rejeição por sua cumplicidade com a campanha israelense em Gaza, manteve a medida.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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