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Dados de brasileiros espionados ilegalmente pela Abin estão em Israel

Foto de 11/07/2019, na posse de Alexandre Ramagem Rodrigues e do Ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolasonaro, General Augusto Heleno [Carolina Antunes/PR]
Foto de 11/07/2019, na posse de Alexandre Ramagem Rodrigues e do Ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolasonaro, General Augusto Heleno [Carolina Antunes/PR]

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, informou que  30 mil cidadãos brasileiros foram monitorados de forma ilegal pela Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Para a espionagem, a Abin usou o  software FirstMile, que armazena seus dados em Israel.

O policial deu entrevista ao Estúdio i, da rede de TV por assinatura Globonews no dia 4 de janeiro de 2024, onde afirmou que . “Esses dados de monitoramento dos cidadãos brasileiros estavam armazenados em nuvens em Israel, porque a empresa responsável por essa ferramenta é israelense.”

A polícia está investigando o caso que envolve o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL-RJ, que foi diretor-geral da Abin entre junho de 2019 e março de 2022. No período em que ele esteve à frente da agência, investigações da PF apontam que o órgão usou ilegalmente o sistema de geolocalização que invade a infraestrutura crítica de telefonia brasileira.Isso teria acontecido reiteradas vezes.

O software  First Mile é produzido pela empresa israelense Cognyte e permite rastrear a localização de uma pessoa a partir de dados transferidos entre seu celular e torres de telecomunicações. Tem capacidade para espionar até 10 mil pessoas ao mesmo tempo.

LEIA: “Que crimes de guerra Israel ainda não cometeu em Gaza?”, pergunta deputado brasileiro

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