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Ambientalistas bloqueiam sede da British Petroleum contra acordo com Israel

Protesto contra a corporação British Petroleum (BP) por acordo de exploração de gás natural com Israel, em Londres, 20 de novembro de 2023 [Reprodução/X]

Grupos de ativistas pelo meio-ambiente realizaram nesta terça-feira (21) um protesto contra um acordo entre a corporação British Petroleum (BP) e Israel para exploração de gás natural no Mediterrâneo Oriental.

Manifestantes do Fossil Free London se reuniram em frente à sede da empresa na capital britânica e obstruíram a entrada com uma faixa dizendo “Pare de abastecer o genocídio”, além de bandeiras palestinas.

Em vídeo divulgado na rede social X (Twitter), declarou o grupo: “Israel recentemente deu à BP permissão para explorar gás natural na costa de Gaza. Israel comete genocídio, mas a BP vê isso como oportunidade de negócio. Não haverá justiça climática sem justiça para o povo palestino!”

Até o fim de outubro, Israel deferiu 12 licenças a seis companhias para explorar gás natural na costa mediterrânea, entre as quais a gigante britânica e a italiana Eni.

Como parte da expropriação colonial do litoral palestino, o objetivo é transformar Israel em centro de exportação energética à Europa.

Ao longo do massacre em Gaza, com ataques aéreos e invasão por terra, em curso há 45 dias, protestos de massa eclodiram em todo o mundo, contra os crimes da ocupação, ao reunir diferentes grupos progressistas.

LEIA: Dez dicas para entender o Estado Sionista de Israel e sua constante prática de genocídio. Vídeos imprescindíveis

Entre os ativistas, estão ambientalistas — a mais notável, Greta Thunberg —, que vinculam a causa pela descolonização na Palestina histórica com a luta por justiça climática.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios contra Gaza, com mais de 13 mil mortos, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. São mais de 32 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres.

Milhares de edifícios civis, incluindo bairros residenciais inteiros, hospitais, mesquitas, igrejas, escolas e abrigos, foram destruídos ou danificados. Milhares de pessoas estão desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

Israel impôs um cerco absoluto a Gaza — sem água, comida, eletricidade e combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

ASSISTA: O que Israel pretende é genocídio?

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