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Israel concorda em adiar invasão a Gaza, reporta rádio

Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fala com soldados perto da fronteira de Gaza, em 19 de outubro de 2023 [Ariel Hermoni/Anadolu Agency]

Israel concordou com um pedido dos Estados Unidos para postergar a invasão por terra à Faixa de Gaza sitiada, até que “forças adicionais americanas” cheguem à região, reportou nesta segunda-feira (23) a rádio militar.

Segundo as informações, Washington prometeu ao Estado ocupante enviar novas tropas ao Oriente Médio, “devido a receios de ataques iranianos a forças na região”.

De acordo com fontes israelenses, Tel Aviv consentiu por outras razões, como maior preparo de suas forças diante de um novo enfoque na questão dos prisioneiros de guerra, soldados e colonos, em custódia da resistência palestina em Gaza.

Nos últimos dias, após a morte de reféns sob os ininterruptos bombardeios israelenses, a propaganda de guerra manobrou seu discurso para tratar de sua libertação como suposta prerrogativa a negociações de cessar-fogo.

LEIA: ONU pede a consultoria jurídica de Israel que impeça crimes de guerra em Gaza

Segundo o jornal Haaretz, o exército, entretanto, pressiona o premiê Benjamin Netanyahu para que autorize uma invasão a Gaza. Comandantes alegam ser “necessário” adentrar no território para fins de guerra, mesmo “às custas de muitos soldados”.

O exército enxerga a hesitação de Netanyahu como falta de confiança em suas capacidades diante de uma maior escalada, concluiu a reportagem.

O massacre em Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, campanha de resistência do grupo Hamas, que atravessou a fronteira por terra e capturou soldados e colonos. Trata-se de punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza.

Ao menos 5.087 pessoas — entre os quais, 1.023 mulheres e 2.055 crianças — foram assassinadas por Israel até então, além de 15.273 feridos.

 LEIA: Desmascarada a mentira de que  ‘Gaza não está ocupada’ por Israel

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