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ONU pede a consultoria jurídica de Israel que impeça crimes de guerra em Gaza

Equipes de busca e resgate participam de esforços para resgatar civis sob os escombros, após bombardeio israelense a Khan Yunis, na Faixa de Gaza, em 21 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) recorreram aos advogados que dão consultoria ao exército israelense que rejeitem qualquer autorização a atos equivalentes a crimes de guerra, em retaliação às ações de resistência do grupo Hamas, em 7 de outubro deste ano. As informações são da agência de notícias Anadolu.

“À medida que Israel busca responder ao Hamas e conduz operações em Gaza, advogados que aconselham o exército têm o dever de identificar e tentar prevenir ações que possam incorrer em crimes de guerra”, reafirmou o grupo técnico em informe oficial. “É seu dever profissional negar anuência legal a atos criminosos”.

Os peritos reiteraram que Israel intensificou seu bloqueio militar a Gaza, ao impedir a entrada de comida, água, energia elétrica e combustível.

Ao defender o cerco absoluto aos 2.4 milhões de habitantes de Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, os descreveu como “animais”. A medida equivale a punição coletiva — proibida pela lei internacional.

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O massacre israelense em curso deflagrou-se como retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, campanha de resistência do grupo Hamas que atravessou a fronteira nominal e capturou colonos e soldados.

A ação de resistência decorreu de meses de sucessivos recordes de agressão colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza.

O enclave mediterrâneo, uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, com 2.4 milhões de habitantes, vive bombardeios indiscriminados deste então, que mataram 5.087 pessoas até então, incluindo ao menos 2.055 crianças, além de 15 mil feridos.

Israel indica que deve lançar uma ofensiva por terra em breve. Autoridades israelenses reconhecem que o intuito é limpar Gaza de sua população nativa, para então anexar o território. As medidas equivalem a genocídio, crime de guerra e lesa-humanidade.

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