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Sob críticas, Israel promete liberar recursos a comunidades árabes

Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich [Redes sociais]

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, prometeu nesta segunda-feira (28) desbloquear recursos públicos a comunidades árabes após suspender as remessas sob alegação de que alimentam a criminalidade.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Sem qualquer evidência, Smotrich justificou a suspensão ao alegar neste mês que parte do orçamento destinado a conselhos árabe-palestinos locais serviriam de propina do gabinete antecessor a “criminosos e terroristas”.

Os conselhos árabes conduziram uma greve na última semana contra a medida, além de protestos em frente às repartições públicas. O Comitê Nacional de Conselhos Árabes em Israel denunciou Smotrich por “racismo”.

LEIA: Deputado árabe denuncia Israel por criminalidade nas comunidades palestinas

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o ministro de extrema-direita pareceu recuar, ao prometer estabelecer um mecanismo de supervisão para remeter recursos aos cidadãos árabe-palestinos do Estado de apartheid.

Smotrich, no entanto, não deixou de apelar a seu eleitorado extremista: “Vamos impedir organizações criminosas de roubar fundos destinados às autoridades árabes”.

Os cidadãos árabes de Israel, descendentes dos palestinos que permaneceram no país após a Nakba ou “catástrofe” de 1948, são um quinto da população. Porém, são os mais afetados pelas taxas de pobreza devido aos esforços deliberados do governo israelense para privá-los de recursos e serviços, incluindo leis abertamente racistas.

ASSISTA: ‘Meus direitos são mais importantes do que os direitos dos árabes’, afirma Ben-Gvir 

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