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Muçulmanos de todo o mundo celebram o Eid Al-Adha

Muçulmanos celebram o Eid Al-Adha, em Londres, Reino Unido, em 28 de junho de 2023 [Rasid Necati Aslim/Agência Anadolu]

Bilhões de muçulmanos em todo o mundo celebraram o primeiro dia do feriado religioso do Eid Al-Adha – ou “Festa do Sacrifício” – nesta quarta-feira (28).

Durante quatro dias, fiéis comemoram a devoção do profeta Abraão (Ibrahim) que se dispôs a sacrificar o filho, Ismael (Ismail), por ordens de Deus. Conforme a tradição, Deus enviou ao patriarca um cordeiro a ser abatido no lugar do primogênito, como ato de misericórdia.

Por essa razão, muçulmanos marcam a data ao abater um animal para dividir com familiares, amigos e pessoas carentes.

O Eid Al-Adha é o segundo feriado mais importante do Islã, coincidindo com a peregrinação anual, ou Hajj, à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita.

Muçulmanos de todo o mundo, do Oriente Médio à Ásia, além das numerosas comunidades diaspóricas nos cinco continentes, se juntaram à celebração.

Na Turquia predominantemente islâmica, as festas começaram logo nas primeiras horas da manhã, com preces realizadas nas mesquitas de todo o país. Multidões de muçulmanos se reuniram para ouvir sermões sobre sacrifício, compaixão e união de sua fé.

LEIA: Mais de 1.8 milhão de muçulmanos realizam Hajj na Arábia Saudita

Após as orações, famílias e amigos trocaram cumprimentos calorosos.

Na República Turca do Norte do Chipre, fiéis lotaram as mesquitas. O presidente Ersin Tatar orou na Mesquita Ebu Bekir el-Siddik, na capital Nicósia.

No Azerbaijão, localizado no sul do Cáucaso, mesquitas da capital Baku também receberam multidões de fiéis, que pediram paz e bem-estar ao mundo islâmico.

Locais de culto no Turcomenistão e Uzbequistão, na Ásia Central, alcançaram sua capacidade máxima. Ruas foram fechadas após fiéis lotarem não somente os salões das mesquitas, mas também seus pátios e jardins.

No Afeganistão, multidões desafiaram preocupações para orar na capital Cabul. O governo do Talibã instaurou uma série de medidas para garantir a segurança dos fiéis.

Os países dos Balcãs, como Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Croácia, Macedônia do Norte, Albânia e Kosovo, acolheram o Eid com grande entusiasmo.

No mundo árabe – incluindo Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã, Líbano, Kuwait e Bahrein –, as mesquitas ficaram abarrotadas desde a manhã.

Em Idlib, no noroeste da Síria, ainda em guerra civil, refugiados rezaram em tendas, longe de suas casas por mais um ano. O mesmo ocorreu em Afrin, Al-Bab, Jarabulus, Azez, Tal Abyad e Ras Al-Ayn. Apesar da pobreza, milhares se reuniram para celebrar o Eid.

LEIA: Eid Al-Adha: O que é a ‘Festa do Sacrifício’?

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