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Chefe da Igreja Maronita do Líbano pede expulsão de refugiados sírios

Cardeal Bechara Boutros al-Rai discursa a apoiadores no Patriarcado Maronita do Líbano, na aldeia de Bkerki, a noroeste de Beirute, em 27 de fevereiro de 2021 [Houssam Shbaro/Agência Anadolu]

O chefe da Igreja Maronita do Líbano, Bechara Boutros al-Rai, voltou a pedir a deportação dos refugiados sírios do país, ao solicitar ajuda da comunidade internacional para tanto.

Em sua mensagem de Páscoa, o líder cristão acusou os refugiados sírios de “drenar os recursos do Estado, perturbar a segurança social e competir com os libaneses por seu sustento”.

O patriarca insistiu que muitos refugiados viajam com regularidade à Síria, legal e ilegalmente. Al-Rai também acusou a comunidade internacional de “protegê-los” e “ignorar as repercussões de sua presença no Líbano”.

Desde 2011, quando o regime sírio de Bashar al-Assad respondeu a protestos por democracia com repressão brutal, deflagrando a guerra civil, mais da metade da população do país sofreu deslocamento; milhões fugiram a países vizinhos, como Turquia, Jordânia e Líbano.

Os refugiados se tornaram bode expiatório para governos e figuras conservadoras dos países anfitriões, sobretudo de economias debilitadas, muitas vezes alvos de deportação.

“É necessário que as autoridades trabalhem em parceria com a comunidade internacional para devolvê-los [os refugiados] à sua terra natal e lhes prestar assistência lá”, declarou al-Rai.

Não é a primeira vez que o patriarca maronita pede a deportação dos refugiados sírios. O apelo mais recente tem somente seis meses. Al-Rai pediu até mesmo a deportação dos palestinos do Líbano, ao provocar o repúdio do movimento Hamas.

LEIA: O ciclo de abandono ao povo na Síria

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