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Ex-espião israelense pede que Huwara seja ‘destruída’

Forças israelenses atacam aldeia de Huwara, após morte de colonos na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 7 de março de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Forças israelenses atacam aldeia de Huwara, após morte de colonos na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 7 de março de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O ex-espião israelense, Jonathan Pollard, se juntou ao apelo de legisladores de extrema-direita para que Israel destrua a aldeia ocupada de Huwara, na Cisjordânia.

“Agora cabe ao governo restabelecer a credibilidade, não só com o nosso próprio povo, mas também com nossos inimigos, e isso significa, infelizmente para alguns, que Huwara deve ser destruída”, disse Pollard à emissora pública Kan no domingo (5).

Pollard fez seus comentários durante visita aos túmulos de Hallel e Yagel Yaniv, onde pediu que o governo tomasse medidas contra o local onde os irmãos foram mortos há uma semana.

“Os túmulos marcam o fim de dois homens maravilhosos. A destruição de Huwara marcará o começo de nossa reconquista da terra”, declarou Pollard.

LEIA: Huwara: A limpeza étnica continua

“Devemos entender que nossos inimigos só compreendem retaliação decisiva. Deus nos livre, ninguém deve morrer nesse processo, mas a aldeia do ódio que celebrou a morte desses dois homens e escondeu o terrorista que os assassinou deve ser punida”.

Os apelos para destruir Huwara ecoam os de autoridades israelenses, incluindo ministros e membros do Knesset, que pedem que a aldeia palestina seja “apagada“.

Sobre sua confiança no governo, no entanto, prosseguiu Pollard: “Confiar no governo? Não, confio nas pessoas, confio na terra e confio em Deus. No governo? Não. Aprendi minha lição a esse respeito.”

Na noite de domingo, 26 de fevereiro, centenas de colonos israelenses sob escolta do estado realizaram diversos ataques contra palestinos na província de Nablus, na Cisjordânia ocupada, incluindo na cidade de Huwara e nas aldeias próximas de Burin, Assira al-Qibliya, Beit Furik, Za’tara e Beita.

Os colonos incendiaram dezenas de carros palestinos, casas e plantações, e agrediram fisicamente palestinos, incluindo com pedras e barras de metal.

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