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A África do SuL realiza  primeira Conferência Global Anti-Apartheid sobre a Palestina e pede mais pressão mundial

Com um forte discurso de seu ministro das Relações Exteriores, Naledi Pandor,  enfatizou  que os crimes de guerra e atrocidades de Israel contra os palestinos são  indescritíveis, e conclamou a ampliação das mobilizações internacionais.

A África do Sul instalou na sexta-feira (10)  a primeira Conferência Global Anti-Apartheid para a Palestina, que transcorreu por tres dias no Centro de Convenções de Sandton, em Joanesburgo, discutindo ções e estrategias contra a guerra israelense em Gaza o colonialismo israelense por toda Palestina.

Com um forte discurso de seu ministro das Relações Exteriores, Naledi Pandor,  enfatizou  que os crimes de guerra e atrocidades de Israel contra os palestinos são  indescritíveis, e conclamou a ampliação das mobilizações internacionais.

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“Nunca foi tão urgente que as forças progressistas de todo o mundo se unam num esforço colectivo para exercerem a máxima pressão para acabar com a campanha genocida em curso em Gaza e para acabar com o sistema de apartheid em Israel e nos Territórios Ocupados”. A situação da Palestina, conforme o líder sul-africano,  é pior do que a Africa do Sul viveu sob o apatheid colonial. “As contínuas atrocidades genocidas cometidas por Israel nos Territórios Ocupados colocaram uma atenção renovada na necessidade urgente de a comunidade internacional mais ampla exigir a descolonização e o fim do colonialismo dos colonos de Israel.”

Direitos humanos, como caminho

A África do Sul considera que a comunidade internacional tem a obrigação de encontrar uma resolução abrangente e justa para a questão palestina. Até agora, a abordagem tradicional à resolução de conflitos não conseguiu alcançar a paz no conflito Israel-Palestina. É possível que uma abordagem diferente, que utilize uma perspectiva de direitos humanos na resolução de conflitos, possa produzir o que a abordagem antiga não conseguiu.

Uma abordagem de direitos humanos afirma que os princípios e práticas consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, incluindo a igualdade e a não discriminação, a participação, a inclusão e a responsabilização, e a importância do Estado de direito devem orientar todas as fases do processo de paz.  Para ele, e necessario um acordo abrangente e negociado, sem condições prévias, para pôr fim à ocupação israelense dos territórios palestinianos e ao cerco a Gaza.

Lembrando o “vínculo indivisível de solidariedade” que une África do Sul e Palestina, ele descreve os quatro pilares na luta que deram vitoria ao seu contra o apartheid, nomeadamente: mobilização de massas; operações armadas; organização clandestina; trabalho de solidariedade internacional.

A conferência reuniu diversos oradores internacionais. Entre ele, o político palestino Mustafa Barghouti, que afirmou nao haver possibilidade de perdao para a guerra em Gaza.

“Não perdoaremos o que aconteceu aos palestinos. A desumanização dos palestinos. Eles não permitiram que os palestinos enterrassem os seus entes queridos”, disse ele, mas afirmou que “ os palestinos não deixarão suas terras, se renderão ou desistirão”.

“O que enfrentamos não é apenas o apartheid, é um plano maligno do sistema de colonos israelitas para destruir a Palestina. 70% da população palestina foi deslocada”, acrescentou.

Também presente na conferência, Declan Kearney, presidente do Sinn Fein, partido político socialista republicano e democrático irlandês, disse que a solidariedade  pela Palestina em todo o mundo é “sem precedentes” .“Estamos com o povo palestino na sua longa caminhada para a liberdade e nunca o abandonaremos”.

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