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Residentes de Khan al-Ahmar, na zona rural de Jerusalém, juram não deixar suas casas

Aldeia beduína de Khan al-Ahmar, na zona rural de Jerusalém ocupada, em 23 de janeiro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Em meio aos apelos de oficiais israelenses de extrema-direita para evacuar a aldeia palestina de Khan al-Ahmar, na zona rural de Jerusalém ocupada, palestinos reuniram-se nesta quarta-feira (25) para expressar apoio aos residentes, que juraram não deixar suas casas.

Segundo alertas, Israel pretende demolir Khan al-Ahmar para dar lugar a assentamentos ilegais do chamado plano E1.

Residentes insistiram que as investidas coloniais não serão capazes de dissuadi-los de sua luta. Cerca de 200 pessoas vivem na aldeia beduína da tribo al-Jahalin. Mais da metade são crianças.

Os deputados israelenses Yuli Edelstein e Danny Danon – ambos do partido Likud, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu – invadiram Khan al-Ahmar na segunda-feira (23) para pressionar pela evacuação da área o mais breve possível, reportou o jornal Times of Israel.

Em menos de duas semanas, expira o prazo ao estado sionista para esclarecer à Suprema Corte de Justiça seus esforços para que os residentes deixem a aldeia.

LEIA: Israel ordena novas demolições contra casas palestinas

“Minha mensagem daqui a Netanyahu e ao novo governo é que não pode haver mais desculpas e que a responsabilidade não pode continuar sobre a Suprema Corte”, declarou Edelstein.

Israel emitiu ordens de despejo em março de 2010. No entanto, após recurso, adiou a medida a maio de 2018, quando voltou a assediar os residentes para desmantelar suas casas e barracas. Um tribunal sionista ratificou a expulsão em 5 de setembro de 2018.

“A luta local e internacional contra a decisão forçou Israel a não executá-la”, destacou artigo da agência Wafa. “Agora, porém, ministros fascistas do novo governo de extrema-direita em Israel voltaram a pedir que os residentes sejam expulsos e suas casas, demolidas”.

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