Janeiro viu um aumento considerável no número de prisões políticas conduzidas pelos serviços de segurança da Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada, alertou Muhannad Karajeh, diretor da ong Lawyers for Justice.
Karajeh afirmou à agência de notícias Safa, neste domingo (8), que as forças policiais e militares da AP continuam a prender oponentes políticos, ex-prisioneiros e ativistas de direitos humanos na Cisjordânia.
Segundo Karajeh, o aparato de segurança da AP tenta intimidar e aterrorizar militantes políticos e opositores, ao incriminá-los sob acusações fajutas e buscar eliminar suas atividades. Os presos são submetidos a “maus tratos e tortura” em custódia.
Os números da primeira semana de janeiro mostram prospectos pouco promissores para 2023, advertiu o advogado.
Karajeh reafirmou que prisões políticas são uma constante desde a criação da AP, em 1994. Nos últimos três anos, a região viveu um aumento considerável de tais violações.
Conforme ativistas, a repressão a liberdades universais e a escalada nas prisões políticas podem resultar em aumento da animosidade entre sociedade e governo, de modo a deflagrar levantes e confrontos entre cidadãos comuns e forças de segurança.
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