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Médicos Sem Fronteiras resgatam 90 refugiados nos mares da Líbia

Refugiados esperam para embarcar no navio Golfo Azzuro, da ong espanhola Proactiva Open Arms, após serem resgatados à deriva no Mar Mediterrâneo, perto da Líbia, em 15 de junho de 2017[Marcus Drinkwater/Agência Anadolu]
Refugiados esperam para embarcar no navio Golfo Azzuro, da ong espanhola Proactiva Open Arms, após serem resgatados à deriva no Mar Mediterrâneo, perto da Líbia, em 15 de junho de 2017[Marcus Drinkwater/Agência Anadolu]

A ong internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) reportou nesta quarta-feira (7) ter resgatado ao menos 90 refugiados à deriva no Mar Mediterrâneo, no litoral da Líbia. Conforme postagem no Twitter, o bote de borracha estava “superlotado e instável”.

Entre os refugiados, estavam duas mulheres grávidas e mais de 30 crianças.

“A criança mais nova tem apenas dois anos de idade”, confirmou a ong.

Segundo o website da MSF, milhares de pessoas fogem da violência, pobreza e perseguição em seus países rumo à Europa, ao tentar atravessar as perigosas águas do Mar Mediterrâneo, por vezes, em precários botes de borracha ou madeira.

A Líbia posterior à queda do longevo presidente Muamar Gaddafi se tornou uma movimentada rota de tráfego aos refugiados africanos e uma das mais mortais fronteiras marítimas de todo o mundo. Refugiados enfrentam risco de extorsão, prisão, tortura e morte.

A MSF criticou a União Europeia por não agir para impedir ou minimizar as mortes no mar. “Não apenas os governos europeus abandonaram pessoas à deriva, como ativamente conferiram seu apoio a devoluções forçadas à Líbia”, advertiu a ong.

“Somente em 2021, mais de 32 mil pessoas foram interceptadas no mar e devolvidas [ao país]”, acrescentou.

 LEIA: Linha Atenas-Trípoli: Por que a Grécia está tão zangada com a Líbia?

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