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Israel planeja ampliar posto colonial sobre terras roubadas em 1984

Assentamentos ilegais na região de Masafer Yatta; comunidades palestinas têm de residir em cavernas e tendas para manter seu direito à terra apesar de uma decisão judicial de Israel para despejá-los, ao sul de Hebron, na Cisjordânia ocupada, em 7 de maio de 2022 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

A Administração Civil de Israel emitiu nesta quarta-feira (23) autorização ao posto colonial ilegal de Tal Shahrit para anexar ao menos 80 acres de terras palestinas expropriadas em meados de 1984, na Cisjordânia ocupada.

As informações foram divulgadas pelo Comitê de Resistência aos Assentamentos e ao Muro do Apartheid.

As autoridades israelenses designaram a área como “terras públicas”, com o intuito de conferir reconhecimento de facto ao posto avançado. Todos os assentamentos nos territórios ocupados são ilegais sob a lei internacional; postos coloniais são ilegais mesmo sob a lei de Israel.

Segundo a denúncia, as áreas pertenciam às aldeias de Bidya e Kafr al-Dik, na província de Salfit.

Na última semana, a Administração Civil de Israel outorgou permissão similar a terras roubadas das aldeias de al-Khader, Nahalin e Artas, na província de Belém, para que fossem anexadas aos assentamentos de Daniel, Eliazar e Efrat. As terras foram “nacionalizadas” em 2014.

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“Em meados de outubro, autoridades ocupantes transferiram cerca de 152 acres pertencentes às aldeias Qaryut, al-Laban e al-Sawiya, na região de Nablus, para ampliar o assentamento ilegal de Eli”, prosseguiu o comunicado.

Tais medidas, segundo o Comitê de Resistência, provam que Israel adota numerosos pretextos para tomar controle de terras palestinas, incluindo sob instrumentos judiciais e administrativos, como prelúdio para anexação colonial.

Moayad Shaaban, presidente do comitê, reafirmou que as medidas israelenses têm como meta expropriar as terras e impedir os proprietários palestinos de utilizá-las.

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