A Corte Distrital de Israel adiou a audiência da jornalista palestina Lama Ghosheh, marcada para esta terça-feira (22), portanto, ao estender sua prisão domiciliar e proibição de acesso às redes sociais. A nova audiência deve ocorrer somente em 20 de dezembro.
As informações são da rede de notícias Wafa.
Ghosheh, de 30 anos, é mãe de dois filhos e trabalha como jornalista freelance.
Ghosheh foi presa por forças israelenses na casa de sua família, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada. A repórter permanece em custódia da ocupação desde 4 de setembro; sua detenção arbitrária foi estendida diversas vezes.
Ghosheh foi detida sob acusação de “incitação” nas redes sociais, após compartilhar entrevistas com ex-prisioneiros palestinos, que realizou online, e escrever sobre atos extremistas realizados por colonos ilegais que tentaram expropriar casas em Sheikh Jarrah.
Seu telefone e seu computador foram confiscados por Israel.
Em 13 de setembro, Ghosheh foi posta em regime domiciliar sob fiança de US$15 mil, à espera de sua próxima audiência. Seu advogado, Nasser Odeh, confirmou as condições de “soltura” da jornalista.
O Comitê de Proteção a Jornalista (CPJ) confirmou previamente que a ocupação perpetrou 513 violações contra repórteres palestinos desde janeiro, incluindo o assassinato da correspondente da Al Jazeera Shireen Abu Akleh e seu colega Ghofran Warasneh.
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