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Google Cloud fornece serviços ao exército de Israel

Sede do Google em Mountain View, Califórnia, 26 de setembro de 2022 [Tayfun Coskun/Agência Anadolu]

O Google Cloud confirmou o lançamento de um novo serviço para fornecer armazenamento em nuvem ao governo e ao exército do estado israelense.

“Até 2030, o Google Cloud em Tel Aviv contribuirá com um valor cumulativos de US$7.6 bilhões ao produto interno bruto [PIB] de Israel, além de apoiar a criação de 21.200 empregos somente neste ano”, declarou a empresa de tecnologia em comunicado.

O Google Cloud providencia ferramentas e sistemas avançados a seus clientes, dentre os quais: análise de dados, prevenção de perdas, inteligência de rede e manutenção.

Israel é o primeiro país do Oriente Médio a receber os serviços regionais do Google. Entretanto, a corporação assegurou que Dammam, na Arábia Saudita, e Doha, no Catar, “logo” se juntarão ao programa.

Boaz Maoz, diretor do Google Cloud em Israel, comentou o anúncio: “O Google há tempos olha para Israel a procura de tecnologias de impacto global, incluindo ferramentas populares, como Waze, Duplex, Live Caption e meteorologia. Durante nosso evento Decode with Google 15RAEL, realizado na semana passada, celebramos os 15 anos de inovação do Google em Israel e nosso apoio de longa data ao ecossistema vibrante de startups no país”.

“No decorrer dos anos, também expandimos nossos investimentos em Israel”, reafirmou Maoz. “Além de nossos investimentos de mais de uma década no cenário nacional, o Google adquiriu companhias radicadas em Israel, como Alooma, Elastifile e Velostrata. No último mês, Uri Frank [veterano da fabricante de computadores Incel] juntou-se ao Google Cloud para comandar uma equipe de design de chips em Tel Aviv e Haifa”.

As medidas sucedem em um ano uma série de denúncias de que Google e Amazon forneceram inteligência artificial e capacidades de aprendizado de máquina ao governo de Israel, através de seu controverso Projeto Nimbus, estimado em US$1.2 bilhão.

Dezenas de trabalhadores de ambas as empresas organizaram protestos em Nova York, Seattle, San Francisco e Durham, incluindo nas sedes das corporações multinacionais, para exigir que os contratos com as forças militares da ocupação israelense fossem revogados.

Os manifestantes deixaram claro que o projeto fortalecerá as políticas de apartheid e repressão impostas por Israel contra os palestinos. Segundo peritos da organização de direitos civis Access Now, a tecnologia de vigilância e reconhecimento fácil de Israel está entre um dos mecanismos de controle demográfico mais avançados adotados por um país.

LEIA: ‘Cúmplice com apartheid’: Trabalhadores do Google denunciam acordo com Israel

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