Forças da ocupação israelense venderam o equipamento roubado de um fazendeiro palestino do Vale do Jordão, segundo reportagem da agência de notícias Wafa.
Suleiman Bani Odeh foi informado pelas autoridades ocupantes sobre o leilão público de duas caixas d’água expropriadas de suas terras há dois meses.
O ativista de direitos humanos Aref Daraghmeh explicou que as autoridades militares instituem multas extorsivas a proprietários de itens “confiscados”, com intuito de revender suas peças em leilões. A medida, destacou Daraghmeh, é parte dos esforços coloniais de limpeza étnica.
Soldados israelenses costumam disparar munição real e destruir terras agrárias, com intuito de danificar colheitas e impedir os fazendeiros de trabalhar no campo. Além disso, forças militares despejam agrotóxicos para matar as plantações e expulsar os palestinos de suas terras.
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A mídia local revelou neste ano um aumento de 43% no número de colonos ilegais radicados na Cisjordânia ocupada, com destaque para a ofensiva no Vale do Jordão, em relação a 2011.
Em janeiro, a rede Israel Today estimou a população de colonos em 491.923 pessoas, instaladas em 150 assentamentos ilegais. O índice exclui ainda os 218 mil colonos que residem ilegalmente em Jerusalém ocupada.
De acordo com a reportagem, até o fim de 2022, o número de colonos na Cisjordânia ocupada pode exceder meio milhão, conforme meta estabelecida pelo conselho colonial de Yesha.
Israel ocupou Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém em 1967. Violações da lei internacional e abusos de direitos humanos contra os palestinos são ocorrências cotidianas. Todos os colonos e assentamentos nos territórios ocupados são considerados ilegais.