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O Irã ‘não cruzará linhas vermelhas’ para acordo nuclear, diz ministro

Técnicos trabalham dentro de uma unidade de conversão de urânio no Irã [Getty Images]

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou que seu país “não cruzará suas linhas vermelhas no nível nuclear”. A confirmação do ministro segue acusações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que “o estoque de urânio enriquecido do Irã excede 19 vezes o limite permitido”. A agência disse que não está em condições de confirmar que o programa nuclear do Irã é exclusivamente pacífico.

“Os inspetores da agência visitaram o Irã várias vezes no âmbito de sua cooperação e confirmaram a natureza pacífica das atividades nucleares do Irã muitas vezes”, disse o Ministério das Relações Exteriores em Teerã, negando acusações de que o Irã esteja  envolvido em enriquecimento não autorizado.

O Irã enfatizou seu pedido para encerrar o “processo politizado” da AIEA sobre a descoberta de vestígios de material nuclear em locais que Teerã não declarou.

“Todas as tentativas dos EUA de criar uma nova realidade política e de segurança na região, sem o Irã, falharam”, disse Amir Abdollahian à Assembleia de Peritos da Liderança em Teerã. “Apesar da falta de estabilidade em nível internacional, a República Islâmica do Irã é como um navio calmo viajando em um oceano turbulento.”

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Ele destacou que o presidente Ebrahim Raisi está adotando uma postura “correta” baseada na adoção de uma política externa equilibrada com os países do mundo. “Ele está interessado em fortalecer as relações com os países vizinhos e a Ásia e evitar vincular a economia do país a sanções e negociações”. O governo iraniano, concluiu o ministro das Relações Exteriores, conseguiu administrar crises regionais complexas e fortalecer as relações com os Estados do Golfo.

“Nenhum acordo será implementado antes que o processo de falsas acusações contra o Irã seja encerrado pela diretoria da AIEA, de uma vez por todas”, insistiu o assessor da delegação iraniana para as negociações de Viena, Mohammad Marandi.

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