A Coalizão Palestina para Direitos Políticos, Econômicos e Sociais – Adalah fez um novo apelo ao governo da Autoridade Palestina para que assuma suas responsabilidades e proteja a sociedade civil palestina, após agentes da ocupação invadirem repartições de sete ongs, soldarem portas e confiscarem documentos e computadores.
Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (18), soldados israelenses invadiram os escritórios de sete proeminentes grupos de direitos humanos.
Dentre as sete, seis organizações foram rotuladas como “terroristas” pelo Ministério da Defesa de Israel, no último ano. A medida foi condenada internacionalmente como “ataque chocante” às liberdades de expressão e associação na Palestina ocupada.
As forças da ocupação confiscaram pertences dos grupos humanitários e soldaram as portas de acesso aos escritórios em questão.
A Adalah reiterou que Israel persegue instituições civis há anos, com intuito de dissuadí-las de seu trabalho humanitário e de desenvolvimento social, sob pretexto de segurança.
A organização reafirmou que a decisão de fechar as associações e ameaçar seus trabalhadores não pode ser separada dos esforços diários da ocupação para reprimir os palestinos, sua causa e sua identidade.
Segundo a Adalah, a ofensiva contra as ongs em questão é concomitante com as políticas israelenses de violar gradativamente os direitos dos prisioneiros, confiscar terras, invadir aldeias e expandir assentamentos ilegais.
“Esses ataques contínuos e sua escalada contra nosso povo, nossa terra e nossas instituições não podem ser enfrentados apenas por declarações políticas”, afirmou a Adalah.
“O governo palestino deve assumir medidas sérias e materiais, dado que a ocupação invade áreas que recaem sob a lei palestina e que as instituições alvejadas operam sob esta mesma legislação, em terras designadas como sob soberania palestina”, acrescentou.
“Proteção social e apoio público a tais instituições é a base para fortalecer a sociedade civil e as organizações nacionais”, concluiu a Adalah.
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