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Forças de Israel invadem escritórios de sete ongs palestinas, soldam as portas

Tropas israelenses soldaram as portas dos escritórios para impedir acesso.

Forças da ocupação israelense invadiram na manhã desta quinta-feira (18) os escritórios de sete organizações da sociedade civil palestina na Cisjordânia ocupada.

Foram atacados: as ongs al-Haq e Addameer; o Centro Bisan de Pesquisa e Desenvolvimento; a União dos Comitês de Mulheres Palestinas; a União dos Comitês dos Trabalhadores Agrários; a União dos Comitês dos Trabalhadores de Saúde; e Defesa Internacional da Infância – Palestina, sucursal da renomada entidade radicada em Genebra.

Tropas israelenses soldaram as portas dos escritórios para impedir acesso.

Forças da ocupação israelense invadiram na manhã desta quinta-feira (18) os escritórios de sete organizações da sociedade civil palestina na Cisjordânia ocupada.

Foram atacados: as ongs al-Haq e Addameer; o Centro Bisan de Pesquisa e Desenvolvimento; a União dos Comitês de Mulheres Palestinas; a União dos Comitês dos Trabalhadores Agrários; a União dos Comitês dos Trabalhadores de Saúde; e Defesa Internacional da Infância – Palestina, sucursal da renomada entidade radicada em Genebra.

Tropas israelenses soldaram as portas dos escritórios para impedir acesso.

Union of Agricultural Work Committees on Twitter 

Shawan Jabarin, diretor-geral da al-Haq, confirmou a invasão ao escritório da entidade de direitos humanos em Ramallah e a entrega de um mandado militar para declarar todas as atividades da organização como ilegais.

“Vieram, derrubaram a porta, entraram, bagunçaram os arquivos”, relatou Jabarin à rede Associated Press.

Mazen Rantisi – presidente do conselho da União dos Comitês de Trabalhadores de Saúde, que administra diversos hospitais e centros médicos na Cisjordânia ocupada – afirmou que ataques e fechamentos são política longeva da ocupação israelense.

“Invadiram nossos escritórios ao entardecer, derrubaram portas, levaram documentos e computadores; ainda estamos averiguando o que foi levado”, observou Rantisi à rede Al Jazeera. “Eles destruíram o local e soldaram as portas com peças de metal”.

“Encontramos um documento colado na porta, apenas em hebraico, declarando a organização como fechada, de modo que não podemos entrar sem sequer um prazo especificado”, relatou Rantisi.

Seis das organizações foram designadas “terroristas” pelo Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz em outubro. Diversos escritórios foram fechados e doações minguaram.

“O objetivo é impor obstáculos ao desenvolvimento da sociedade civil”, acrescentou Rantisi. “É tudo parte do plano para aniquilar as atividades da sociedade civil palestina e fazer com que as pessoas se sintam derrotadas … Certamente, afetará nossos serviços, mas encontraremos uma forma de manter nosso trabalho”.

A criminalização das ongs incitou enorme crítica na Europa e Estados Unidos.

Michelle Bachelet, chefe de direitos humanos das Nações Unidas, observou: “Trata-se de um ataque a ativistas por direitos humanos, a liberdades de associação, opinião e expressão e ao direito à participação pública”.

LEIA: Enquanto Israel matava civis em Gaza, o mundo hipócrita assistia

Bachelet destacou que as organizações criminalizadas “são alguns dos mais respeitados grupos de direitos humanos e socorro humanitário dos territórios palestinos ocupados, que trabalham com a Organização das Nações Unidas há décadas”.

Em julho, nove países europeus corroboraram sua recusa em interromper sua parceria com as ongs palestinas em questão, ao denunciar a falta de evidências sobre as acusações conduzidas por Israel.

Em comunicado conjunto, as chancelarias da Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Irlanda, Itália, Espanha e Suécia insistiram: “Acusações de terrorismo ou relações com grupos terroristas devem ser tratadas com máxima seriedade. As designações, portanto, demandam análise extensa e cuidadosa … Na falta de evidências, manteremos nossa cooperação e forte apoio à sociedade civil”.

Shawan Jabarin, diretor-geral da al-Haq, confirmou a invasão ao escritório da entidade de direitos humanos em Ramallah e a entrega de um mandado militar para declarar todas as atividades da organização como ilegais.

“Vieram, derrubaram a porta, entraram, bagunçaram os arquivos”, relatou Jabarin à rede Associated Press.

Mazen Rantisi – presidente do conselho da União dos Comitês de Trabalhadores de Saúde, que administra diversos hospitais e centros médicos na Cisjordânia ocupada – afirmou que ataques e fechamentos são política longeva da ocupação israelense.

“Invadiram nossos escritórios ao entardecer, derrubaram portas, levaram documentos e computadores; ainda estamos averiguando o que foi levado”, observou Rantisi à rede Al Jazeera. “Eles destruíram o local e soldaram as portas com peças de metal”.

“Encontramos um documento colado na porta, apenas em hebraico, declarando a organização como fechada, de modo que não podemos entrar sem sequer um prazo especificado”, relatou Rantisi.

Seis das organizações foram designadas “terroristas” pelo Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz em outubro. Diversos escritórios foram fechados e doações minguaram.

“O objetivo é impor obstáculos ao desenvolvimento da sociedade civil”, acrescentou Rantisi. “É tudo parte do plano para aniquilar as atividades da sociedade civil palestina e fazer com que as pessoas se sintam derrotadas … Certamente, afetará nossos serviços, mas encontraremos uma forma de manter nosso trabalho”.

A criminalização das ongs incitou enorme crítica na Europa e Estados Unidos.

Michelle Bachelet, chefe de direitos humanos das Nações Unidas, observou: “Trata-se de um ataque a ativistas por direitos humanos, a liberdades de associação, opinião e expressão e ao direito à participação pública”.

Bachelet destacou que as organizações criminalizadas “são alguns dos mais respeitados grupos de direitos humanos e socorro humanitário dos territórios palestinos ocupados, que trabalham com a Organização das Nações Unidas há décadas”.

Em julho, nove países europeus corroboraram sua recusa em interromper sua parceria com as ongs palestinas em questão, ao denunciar a falta de evidências sobre as acusações conduzidas por Israel.

Em comunicado conjunto, as chancelarias da Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Irlanda, Itália, Espanha e Suécia insistiram: “Acusações de terrorismo ou relações com grupos terroristas devem ser tratadas com máxima seriedade. As designações, portanto, demandam análise extensa e cuidadosa … Na falta de evidências, manteremos nossa cooperação e forte apoio à sociedade civil”.

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