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EUA confirmam conversas com Damasco, repórter desaparecido é prioridade

Marc e Debra Tice – pais do jornalista americano Austin Tice, sequestrado na Síria – durante coletiva de imprensa em Beirute, capital do Líbano, 4 de dezembro de 2018 [Joseph Eid/AFP via Getty Images]

O Departamento de Estado dos Estados Unidos revelou ter conduzido negociações diretas com o regime sírio de Bashar al-Assad, com intuito de assegurar a libertação do repórter americano Austin Tice, sequestrado no país assolado pela guerra há mais de dez anos.

Ned Price, porta-voz da chancelaria em Washington, corroborou em nota, nesta segunda-feira (15), que seu governo contactou diretamente emissários sírios para reaver Austin. No entanto, não concedeu detalhes, sequer em qual escalão foi realizada a conversa.

“Buscaremos toda oportunidade de engajamento caso achemos que há potencial de trazer Austin de volta para a casa”, declarou Price.

Na quarta-feira (10), o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden reiterou à imprensa que a Casa Branca “sabe com certeza que Austin permanece em custódia do regime”.

“No décimo aniversário de sua abdução, peço a Damasco que encerre sua prisão e nos ajude a trazê-lo para casa”, observou Biden. “Não há maior prioridade na minha administração do que resgate e retorno de americanos feitos de refém ou detidos injustamente no exterior”.

Austin Tice desapareceu em 12 de agosto de 2012, enquanto cobria a incipiente guerra civil nos arredores de Damasco. O jornalista ressurgiu apenas uma vez, em 26 de setembro daquele ano, em um vídeo curto no qual pareceu detido por atiradores não-identificados. Até então, nenhum grupo reivindicou responsabilidade por sua captura.

Austin Tice foi correspondente freelancer das redes Washington Post, McClatchy, CBC News, Al Jazeera, AFP, entre outras agências.

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