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Violar a Mesquita de Al-Aqsa causará uma explosão na região, afirma Nasrallah

Apoiadores de Hassan Nasrallah, chefe do movimento Hezbollah do Líbano, assistem-no falar através de uma tela gigante em uma mesquita nos subúrbios ao sul da capital libanesa, Beirute, em 1º de novembro de 2019 [AFP via Getty Images]

O secretário-geral do movimento Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, disse, na quarta-feira (25), que violar a Mesquita de Al-Aqsa causará uma explosão na região. Nasrallah fez seu comentário em um discurso no aniversário da libertação do sul do Líbano das forças de ocupação israelenses.

O líder do Hezbollah deixou claro que nos próximos dias, desenvolvimentos perigosos podem ocorrer na Palestina e em Jerusalém, já que colonos extremistas planejam organizar sua Marcha da Bandeira anual. Essa marcha vê ultranacionalistas israelenses de extrema direita inundando áreas muçulmanas como uma celebração da captura de Jerusalém Oriental pelas forças de ocupação sionistas e uma segunda onda de limpeza étnica em 1967. Proferindo “morte aos árabes” e cantando canções racistas e altamente ofensivas, milhares são vistos desfilando por áreas muçulmanas carregando bandeiras israelenses.

“O perigoso é que alguns desses extremistas entrarão nos pátios da Mesquita de Al-Aqsa e as santidades serão atacadas”, disse Nasrallah. “Os grupos de resistência palestinos confirmaram que responderão a qualquer ataque aos locais sagrados da Jerusalém ocupada.”

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Ele então dirigiu suas palavras ao “governo inimigo” e a todos preocupados com as consequências de qualquer ataque à Mesquita de Al-Aqsa e à Cúpula da Rocha. “Os sionistas devem saber que os ataques persistentes às santidades islâmicas e cristãs em Jerusalém levarão a uma grande explosão na região com consequências insondáveis.”

Na quarta-feira, as autoridades de ocupação israelenses levantaram o estado de alerta nos territórios palestinos ocupados, coincidindo com a provocativa Marcha da Bandeira que os colonos planejam organizar em Jerusalém ocupada no próximo domingo.

O exército de ocupação instalou o sistema de defesa antimísseis Iron Dome perto da fronteira nominal com a Faixa de Gaza, antecipando o lançamento de foguetes do território sitiado em resposta à marcha de extrema direita, informou o Canal 13 de Israel.

Na semana passada, o ministro israelense da Segurança Interna, Omer Bar-Lev, decidiu permitir que uma marcha provocativa de colonos extremistas passasse pela área de Bab Al-Amud, em Jerusalém ocupada.

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