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Parlamentar israelense alerta para ‘guerra religiosa’ em torno de Jerusalém

Colonos israelenses na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 5 de maio de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Ram Ben-Barak, presidente do Comitê de Defesa e Política Externa do Parlamento de Israel, alertou nesta segunda-feira (23) para o risco de uma “guerra religiosa” após um tribunal da ocupação julgar a favor de colonos extremistas que tentavam realizar ritos judaicos em Al-Aqsa, em meio a planos para uma marcha de ultradireita na Cidade Velha de Jerusalém ocupada.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Os movimentos palestinos condenaram os avanços israelenses na cidade sagrada, incluindo uma decisão da Corte de Magistrados de Jerusalém para revogar ordens de restrição contra três colonos que invadiram a santuário islâmico.

Ben-Barak contestou a decisão do tribunal de primeira instância e manifestou receios sobre a rota planejada para a “Marcha da Bandeira”, que deve abarcar o Bairro Islâmico de Jerusalém.

“Penso que, durante este período sensível, é preciso cuidado”, declarou o congressista à rádio estatal Kan. “Não devemos, com nossas próprias mãos, instigar uma guerra religiosa na cidade ou assumir medidas provocativas que podem incendiar todo o Oriente Médio”.

A Marcha da Bandeira é um evento que reúne ultranacionalistas israelenses, para comemorar a captura de Jerusalém Oriental por tropas sionistas em 1967. Milhares de manifestantes entoam canções racistas e palavras de ordem como “Morte aos árabes”.

A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado para o Islã. Nos anos recentes, Israel passou a consentir que colonos ilegais invadissem o local sob escolta militar.

Na segunda-feira, o judiciário da ocupação determinou que orações judaicas podem ser conduzidas em massa nos arredores de Al-Aqsa; ativistas alertam para risco de tensões.

LEIA: Tribunal de Israel permite que colonos orem em voz alta em Al-Aqsa

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