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Barcelona obriga jogador a deletar postagem pró-Palestina no Instagram

Abde Ezzalzouli, atleta do clube de futebol Barcelona, durante partida contra o Deportivo Alaves pela La Liga Santander, no Estádio de Mendizorroza, na Espanha, 23 de janeiro de 2022 [Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images]

O gigante do futebol espanhol Barcelona supostamente obrigou um de seus jovens atletas a deletar uma postagem pró-Palestina no Instagram.

Segundo a rede Palestine Online, Abde Ezzalzouli, atleta marroquino de 20 anos, compartilhou um vídeo dos ataques israelenses contra a Mesquita de Al-Aqsa, na sexta-feira (15); a diretoria da equipe aparentemente o pressionou a apagar a denúncia.

Ezzalzouli é uma estrela em ascensão no clube catalão. Embora vista a camisa da seleção do Marrocos, a Real Federação Espanhola de Futebol parece desesperada para nacionalizá-lo à equipe europeia.

Os rumores sobre os esforços para reprimir a posição de Ezzalzouli incitaram críticas no mundo dos esportes. “A hipocrisia desvelada pela guerra na Ucrânia é chocante”, afirmou um torcedor no Twitter, ao mencionar o padrão duplo da comunidade internacional.

Após a invasão russa contra o país vizinho, equipes de futebol da Europa, incluindo o Barcelona, decidiram ignorar sua prerrogativa de não misturar política com esporte, pretexto comum para suprimir manifestações de solidariedade ao povo palestino.

“O Barcelona acabou para mim”, afirmou outro usuário do Twitter, aparente torcedor do clube. “O apoio à Unicef é somente de fachada”, reiterou, em referência à agência das Nações Unidas cujo logotipo estampa as camisas da equipe.

O Barcelona não comentou as denúncias até então.

No passado, no entanto, o clube demonstrou disposição em apoiar a causa palestina contra a ocupação israelense. Em julho último, a gigante do futebol recusou-se a disputar uma partida contra uma equipe sionista em Jerusalém ocupada.

Em 2013, as estrelas do Barcelona, Lionel Messi e Gerard Pique foram fotografadas ao lado do então premiê israelense Benjamin Netanyahu, conhecido por posições de ultradireita, durante uma visita do clube espanhol a Israel e Cisjordânia — isto é, terras ocupadas em 1948 e 1967, respectivamente.

LEIA: Palestinos saúdam Barcelona por recusar-se a jogar em Jerusalém ocupada

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