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Sudão proíbe reuniões em Cartum

Pessoas participam de manifestações realizadas perto do palácio presidencial exigindo o governo civil e a libertação de presos políticos, na capital do Sudão, Cartum, em 14 de março de 2022 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

As autoridades sudanesas anunciaram ontem a proibição de reuniões no centro da capital Cartum, após recentes manifestações pedindo o governo civil.

O Comitê de Segurança do Estado de Cartum disse: “Nenhuma reunião é permitida na área central de Cartum, desde a ferrovia no sul até o Comando Geral no leste e a rua Nilo no norte”.

Acrescentou que cumpriria seus “deveres de garantir procissões e reuniões”.

A declaração apontou que todas as pontes sobre o rio Nilo estariam abertas na segunda-feira, 11 de abril.

No domingo, o Comitê de Resistência do Sudão convocou uma manifestação, apelidada de “11 milhões de abril”, marcando a data em que o ex-presidente Omar Al-Bashir foi deposto.

“Três anos atrás, demos nosso primeiro passo e derrubamos Al-Bashir, mas nossa revolução não estará completa até que abandonemos todas as manifestações de ditadura e opressão militar, enquanto deixamos a paz e a democracia prevalecerem em todo o país”, disse o comitê em um comunicado.

Desde 25 de outubro, o Sudão tem testemunhado protestos populares pedindo o governo civil e rejeitando medidas excepcionais que foram tomadas pelo chefe do exército, Abdel Fattah Al-Burhan, principalmente a imposição do estado de emergência e a dissolução do Conselho de Soberania e dos ministros de transição.

Al-Burhan negou as acusações de que realizou um golpe, alegando que as medidas foram tomadas “para corrigir o curso da fase de transição”. Ele prometeu entregar o poder por meio de eleições ou de um consenso nacional.

LEIA: Conselho Soberano do Sudão e oposição debatem crise política

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