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Erdogan chama dissolução do parlamento tunisiano de ‘golpe à vontade do povo’

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Ancara, Turkiye, em 28 de março de 2022 [Doğukan Keskinkılıç/Agência Anadolu]
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Ancara, Turkiye, em 28 de março de 2022 [Doğukan Keskinkılıç/Agência Anadolu]

A dissolução do parlamento da Tunísia é um “golpe à vontade do povo tunisiano”, alertou ontem o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Erdogan disse a repórteres que esperava que os recentes acontecimentos na Tunísia não “prejudicassem a transição em andamento”, que, segundo ele, visavam “estabelecer a legitimidade democrática” no país do norte da África. “Atribuímos importância à implementação do roteiro anunciado para as eleições”, enfatizou o líder turco.

Na semana passada, o presidente da Tunísia, Kais Saied, disse que estava dissolvendo o parlamento suspenso “para proteger o Estado e o povo da Tunísia de uma tentativa de golpe fracassada sem precedentes”.

Seu anúncio veio depois que 124 dos 217 membros do parlamento participaram de uma reunião online que foi convocada pelo ex-presidente, Rached Ghannouchi, apesar da suspensão da instituição por Saied em julho passado.

Desde então, o Movimento Ennahda de Ghannouchi afirmou que a reunião era inteiramente legítima sob o capítulo 80 da Constituição da Tunísia. “Isso estipula que a Câmara dos Representantes do Povo [parlamento] pode permanecer em sessão permanente, e não pode ser dissolvida”, destacou.

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