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Supremo Tribunal de Israel decide a favor de prêmio de prestígio para professor antiocupação

Yifat Shasha Biton (centro) em Jerusalém, em 5 de abril de 2021 [Amir Levy/Getty Images]

O Supremo Tribunal de Justiça de Israel decidiu, na terça-feira (29), que a ministra da Educação, Yifat Shasha-Biton, deve dar o prestigioso Prêmio Israel ao matemático professor Oded Goldreich, apesar de seu apoio a um boicote antiocupação.

Shasha-Biton estava retendo o prêmio de Goldreich, porque ele apoiou uma petição pedindo que a UE boicote uma universidade israelense construída em um assentamento ilegal. De acordo com o Times of Israel, uma petição posterior contra a decisão de Shasha-Biton foi apresentada pelos membros do comitê do prêmio, que inicialmente havia concedido o prêmio ao professor.

Dos três juízes que analisaram o caso, dois decidiram dar-lhe o prêmio – Yael Willner e Yitzhak Amit –, enquanto um terceiro, Naom Sohlberg, se opôs. Sohlberg é um colono.

Shasha-Biton alegou que um boicote acadêmico afeta a liberdade de expressão, mas o juiz Amit decidiu que “o dano à liberdade de expressão acadêmica ao reter o prêmio do professor Goldreich é muito pior”. Ele acrescentou que negar a honra a um acadêmico reconhecido por comentários que ele fez é “um convite para monitorar, rastrear e perseguir acadêmicos em Israel”.

O juiz Sohlberg argumentou que a ministra tinha autoridade para reter o prêmio de Goldreich.

Shasha-Biton, informou o Times of Israel, disse que lamentava a decisão dos juízes, mas a respeitaria. Ela observou que, como o tribunal havia dito anteriormente que a ministra da Educação deveria decidir o assunto, deveria ter respeitado sua decisão. “Uma pessoa que pede um boicote a uma instituição acadêmica israelense não é digna de um prêmio estatal, não importa quais sejam suas realizações ou opiniões políticas”, insistiu ela.

LEIA: Estudantes de todo o mundo reivindicam desinvestimento acadêmico de Israel

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