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Dois descendentes do Líbano devem disputar o governo de São Paulo

Fernando Hadad, do PT, e Guilherme Boulos, do PSOL, durante a eleição presidencial de 2018 em que foram candidatos. [Ricardo Stucker]

Os próximos meses são de intensa movimentação dos partidos em torno dos nomes que os representarão nas disputas eleitorais. A definição das candidaturas majoritárias ainda depende da formação das federações, já que alguns partidos dispostos a se unir tem seus próprios candidatos e precisarão fazer uma escolha. Em São Paulo, esse processo ainda deixa dúvidas sobre quais candidatos a governador vão se enfrentar no primeiro turno, dia 2 de outubro. Mas os nomes já despontam como pré-candidatos e pelo menos dois deles indicam que a esquerda poderá estar no pário representada por dois descendentes de imigrantes libaneses – que poderão se unir em caso de segundo turno.

Um dos nomes é o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, que concorreu à Presidência da República substituindo Lula – impedido pela Operação Lava Jato – obtendo

44,87% dos votos, o equivalente a 47.038.963 votos, contra os 55,13% ou 57.796.986 votos de Jair Bolsonaro.

Fernando Haddad é filho e neto de libaneses da aldeia de Ain Ata, do Líbano, de onde partiram após a Segunda Guerra Mundial. Seu nome só não está confirmado porque o PT ainda negocia a federação partidária entre com o PSB que tem o ex-candidato a governador na última eleição,  Márcio França, como potencial pré-cantidato. Ele disputou o segundo turno com o atual governador, João Dória, perdendo por uma diferença de apenas 3,5 por cento.

Guilherme Boulos é pré-candidato já definido pelo PSOL estadual paulista. Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), ele ficou em segundo lugar na corrida pela Prefeitura de São Paulo em 2020, com 40% dos votos, perdendo para o candidato do PSDB, Bruno Covas. Já havia concorrido à Presidência da República em 2018, ficando  em 10º lugar no primeiro turno e depois engrossando o apoio à candidatura de Fernando Hadad no segundo.

ASSISTA: Eu e o Brasil, último episódio: Guilherme, dos Boulos do Líbano à luta e à política no Brasil

Boulos é neto de Iskandar, libanês que migrou para o Brasil, instalando-se no interior de São Paulo, onde era conhecido como “turco louco”. O psolista contou um pouco dessa história na Série “Eu e o Brasil”, do Monitor do Oriente Médio.

O prazo para as convenções partidárias definirem seus candidatos começa em 20 de julho e os pedidos de registro das candidaturas devem ser feitos até 15 de agosto.

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