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Eu e o Brasil, último episódio: Guilherme, dos Boulos do Líbano à luta e à política no Brasil

Militante desde os quinze anos de idade, o neto de libaneses Guilherme Boulos tornou-se uma das maiores lideranças dos movimentos sociais no Brasil.

Militante desde os quinze anos de idade, o neto de libaneses Guilherme Boulos tornou-se uma das maiores lideranças dos movimentos sociais no Brasil. O político, professor, filósofo e psicanalista  é o coordenador do MTST, maior movimento de moradia do Brasil, e da Frente Povo Sem Medo, frente unitária de movimentos sociais. Boulos, que foi candidato à presidência do Brasil em 2018 e à prefeitura de São Paulo em 2020, atualmente é o pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo nas eleições de 2022. O último episódio da série Eu e o Brasil, com Guilherme Boulos, será lançado neste sábado, 30 de outubro, no site e redes sociais do Monitor do Oriente Médio.

O protagonista do décimo segundo episódio da série fala sobre sua trajetória de luta no Brasil, sobre sua formação, os motivos de ter escolhido a carreira de professor e sobre sua escolha de sair de casa aos dezoito anos para morar em uma ocupação do MTST. As eleições de 2022 também são tema da conversa, refletindo sobre as lutas que precisam ser travadas pela esquerda e as escolhas feitas pelo PSOL para as candidaturas.

Guilherme Boulos lembra duas viagens que fez: uma para o Líbano e outra para a Palestina, quando era candidato à presidência. “Apesar das minhas origens libanesas, minha ida à Palestina foi mais marcante que ao Líbano, porque a [viagem] do Líbano me marcou por coisas boas que vi, mas a da Palestina me marcou por coisas traumáticas que vi”, afirma, compartilhando as diversas histórias que presenciou na Cisjordânia ocupada.

ASSISTA: Eu e o Brasil, 11.º episódio: Pedro Simon, o filho de libaneses que dedicou a vida à política no Brasil

Sua ligação com a causa palestina foi o motivo da sua escolha para o local da filmagem: o restaurante e centro cultural palestino Al Janiah, em São Paulo. Sobre a solução para a questão palestina, Boulos afirma não conseguir enxergar uma solução “que não passe pela garantia de direitos aos palestinos, pelo direito de retorno dos refugiados que vivem muitas vezes em acampamentos com situações precárias, e têm o direito de retornar a sua terra, e por uma convivência com direitos iguais, independente da origem de cada um,  independente da religião de cada um”.

O político também compartilha um pouco de sua vida pessoal, falando sobre sua companheira, suas filhas e o papel que a sua avó paterna, de origem libanesa teve em sua infância. Boulos e seu pai, o médico Marcos Boulos,  resgatam a memória do avô, que migrou para o Brasil e se estabeleceu no comércio. “Esses encontros de cultura são o Brasil. A minha mãe vem da Paraíba, de Campina Grande”, diz Boulos, “então era no sábado carne de sol com macaxeira e no domingo kibe e esfirra”.

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