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Turquia repudia violação da soberania ucraniana por ataques de Moscou

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan encontra-se com seu homólogo russo Vladimir Putin em Sochi, 29 de setembro de 2021 [Mustafa Kamacı/Agência Anadolu]

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan reafirmou nesta quarta-feira (23) que seu país não reconhece a violação russa da “soberania e integridade territorial da Ucrânia”, conforme informações da agência de notícias Anadolu.

Em telefonema com o presidente russo Vladimir Putin, Erdogan insistiu na importância de alcançar uma solução política para a disputa, com base nos acordos de Minsk.

Erdogan reiterou, segundo comunicado de seu gabinete, que Ancara permanece disposta a auxiliar na desescalada das tensões entre Ucrânia e Rússia, com intuito de preservar a paz.

“O presidente Erdogan confirmou seu convite ao presidente Putin para recebê-lo na Turquia o mais breve possível, para reunião de cúpula do Conselho de Cooperação, conforme acordado durante sua visita a Sochi em setembro último”, destacou Ancara.

O líder turco enfatizou a “enorme importância” do diálogo com Putin, a fim de obter “resultados favoráveis”, e prometeu conservar esta abordagem ao longo da crise. Erdogan sugeriu ainda que nenhum lado será beneficiado por uma confrontação militar.

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“O presidente Erdogan observou que a Turquia insiste na importância da continuidade das negociações diplomáticas e que, ainda hoje, permanece à disposição para contribuir com a desescalada das tensões e preservação da paz”, acrescentou o comunicado.

Entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015, Rússia, Ucrânia, França e Alemanha — grupo conhecido como Quarteto da Normandia — assinou o chamado Protocolo de Minsk, para suspender avanços militares e reduzir tensões na fronteira oriental da Europa.

O tratado, no entanto, não foi implementado e a situação chegou ao ponto de uma aparente guerrilha de trincheiras.

Na segunda-feira (21), o presidente russo reconheceu oficialmente os territórios separatistas de Lugansk e Donetsk, na região ucraniana de Donbass, como estados independentes. Em seguida, encaminhou “tropas de paz” à porção leste do país vizinho.

Na madrugada desta quinta-feira (24), a situação avançou a outras partes da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, sob ataques aéreos.

Estados Unidos e aliados ocidentais condenaram as ações e anunciaram sanções à Rússia. Especialistas, no entanto, apontam que as sanções são meramente cosméticas, até então.

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