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Advogados contestam Londres por permitir entrada de parlamentar israelense de extrema-direita

Bezalel Smotrich, chefe do partido israelense Sionismo Judaico, em 10 de maio de 2021 [GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images]

Advogados em nome do Centro Internacional de Justiça para os Palestinos (CIJP) escreveram à Secretária do Interior, Priti Patel, para contestá-la por permitir a entrada de Bezalel Smotrich, membro de extrema-direita do Knesset israelense, no Reino Unido.

Em janeiro, o parlamentar conservador Crispin Blunt escreveu a Patel solicitando que Smotrich não fosse recebido por Londres, devido ao impacto pejorativo de sua presença no público.

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Em resposta, o ministério afirmou: “Trabalhamos de perto com as forças policiais, comunidades locais e nossos parceiros internacionais para abordar grupos e indivíduos que semeiam o ódio e a divisão”.

Contudo, não deferiu o banimento do ativista colonial no país, apesar de ser notoriamente associado com “terrorismo, atos de guerra, crimes ou criminalidade”.

No último ano, Smotrich exortou o governo israelense a “apagar do mapa” a aldeia palestina de Khan al-Amar, como forma de retaliação ao inquérito do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os crimes de guerra cometidos por Israel.

“O que importa não é o que dirão os gentios, mas o que farão os judeus”, alegou Smotrich.

Em outubro, o parlamentar sionista atacou também colegas árabes do Knesset: “Vocês estão aqui por acidente por Ben-Gurion não terminou o serviço”. Sua declaração referia-se ao primeiro premiê israelense e arquiteto da limpeza étnica conduzida contra o povo palestino.

Na última semana, após visitar o Reino Unido, Smotrich foi duramente criticado pelo Conselho de Representantes de Judeus Britânicos (BOD), que enfatizou em nota: “Rejeitamos os pontos de vista abomináveis e a ideologia de ódio de Bezalel Smotrich”.

O conselho exortou “todos os membros da comunidade judaica no Reino Unido a fechar a porta na sua cara”, ao reafirmar: “Bezazel, volte ao avião, seja lembrado como uma vergonha”.

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