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Hezbollah libanês ‘ameaça a segurança árabe’, afirma enviado saudita

Encarregado de negócios saudita, Walid al-Bukhari, aperta a mão do ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri durante uma cerimônia no palácio presidencial em Baadba, em 22 de novembro de 2017 [AFP via Getty Images]

O embaixador da Arábia Saudita no Líbano, Walid Bukhari, acusou o Hezbollah de ameaçar a segurança nacional árabe, relatou a Agência Anadolu.

Falando ao jornal saudita Okaz na quinta-feira, Bukhari disse que as “atividades e o comportamento do grupo libanês constituem uma ameaça à segurança nacional árabe”.

“A insistência do terrorista Hezbollah em impor seu controle sobre a vontade do Estado (libanês) e suas instituições constitucionais perturbam a paz e a segurança no Líbano”, acrescentou Bukhari.

Ele sublinhou a necessidade de parar a hegemonia do Hezbollah sobre o Estado libanês e acabar com a sua posse de armas que usa fora do âmbito do Estado.

O Hezbollah ainda não comentou as afirmações do enviado saudita.

Na segunda-feira, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, atacou o monarca da Arábia Saudita e acusou o Reino de exportar e espalhar “ideologia extremista islâmica”.

“O terrorista é aquele que enviou milhares de sauditas para conduzir operações suicidas no Iraque e na Síria, e é você”, disse Nasrallah, referindo-se ao rei Salman bin Abdul Aziz.

Os comentários de Nasrallah vieram em resposta aos comentários do rei Salman, que também descreveu o Hezbollah como um grupo “terrorista” e pediu o fim de seu controle sobre o Líbano.

Por sua vez, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, distanciou seu governo dos comentários de Nasrallah e disse que eles não refletiam a posição oficial do governo libanês nem de grande parte da população libanesa.

LEIA: Ministro do Líbano ordena retirada de cartazes ‘ofensivos’ à Arábia Saudita

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