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Israel recusa-se a libertar prisioneiro palestino após 124 dias de greve de fome

Fawzia Fasfous, mãe do prisioneiro palestino Kayed Fasfous, em Hebron, Cisjordânia ocupada, 1° de novembro de 2021 [Hisham K. K. Abu Shaqra/Agência Anadolu]

A Suprema Corte de Israel rejeitou ontem (15) um recurso submetido pela Comissão de Assuntos dos Detentos e ex-Detentos da Autoridade Palestina reivindicando a soltura imediata do prisioneiro palestino Kayed Fasfous, em greve de fome há 124 dias.

Kayed lançou protesto contra sua detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou acusação, prorrogada indefinidamente. Enfrenta agora risco de morte.

Trata-se da quarta vez que o judiciário israelense rejeita um recurso por sua soltura.

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No sábado (13), médicos do centro israelense Barzilai, onde o prisioneiro permanece internado, confirmaram à família que Kayed sofre risco de morte.

O palestino de 34 anos, nativo de Dura, na Cisjordânia ocupada, sofre desmaios regulares, arritmia cardíaca, formigamento no peito, hipotensão, problemas hepáticos, falta de fluidos no corpo e dores recorrentes, o que o deixou profundamente vulnerável.

Quatro outros prisioneiros continuam em greve de fome, pelo fim de sua detenção administrativa: Alaa Al-Araj, sem alimentar-se há cem dias; Hisham Abu Hawwash, 92 dias; Louay Al-Ashkar, 36 dias; e Ayyad Al-Harmi, 54 dias.

Há atualmente 500 prisioneiros palestinos em detenção administrativa nas mãos da ocupação, alertaram grupos de direitos humanos em outubro.

Na última semana, o prisioneiro palestino Miqdad al-Qawasmi concordou em encerrar seus 113 dias de greve de fome, após autoridades carcerárias de Israel prometerem libertá-lo em fevereiro próximo.

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