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Qudwa acusa presidente da AP de ‘destruir’ Fundação Arafat

Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas em frente a um retrato de Yasser Arafat, durante comemorações do 55° aniversário do partido Fatah, em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 31 de dezembro de 2019 [ABBAS MOMANI/AFP via Getty Images]
Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas em frente a um retrato de Yasser Arafat, durante comemorações do 55° aniversário do partido Fatah, em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 31 de dezembro de 2019 [ABBAS MOMANI/AFP via Getty Images]

Nasser al-Qudwa, chefe do Fórum Democrático Nacional, acusou o Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas de “destruir” a Fundação Arafat, segundo informações divulgadas ontem (10) pela rede de notícias al-Resalah.

Abbas acumula a liderança do Fatah e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Em nota, Qudwa — sobrinho do falecido líder Yasser Arafat — reafirmou: “O aniversário da morte de Arafat chega este ano com enorme pesar, em geral, pela péssima situação na Palestina, mas sobretudo pela destruição de sua fundação por Abbas”.

Qudwa foi expulso do Fatah e de seu Comitê Central em março, após insistir em representar o partido nas eleições nacionais ao parlamento. Abbas vetou sua lista de candidatos.

“Nesta ocasião, recordamos a persistência da liderança da AP em destruir a Fundação Arafat, ao dispensar conselheiros, revogar sua independência e sua carta de princípios e livrar-se da maioria dos membros honorários árabes e palestinos”, acrescentou Qudwa.

O sobrinho de Arafat acusou Abbas de instrumentalizar a polícia palestina para assumir o controle sobre a fundação e suas ramificações dentro e fora do país.

“A Fundação Arafat foi construída pelas mãos de funcionários e membros de seus comitês e conselhos, desde a estaca zero”, enfatizou Qudwa. “Todavia, o que nos resta agora é nada mais que uma placa estúpida instalada em Ramallah”.

Qudwa foi o segundo oficial sênior do Fatah a ser expulso do partido por divergências com seu presidente octogenário — o primeiro foi Mohammed Dahlan, exilado em Abu Dhabi.

Em 11 de novembro de 2004, foi confirmada a morte de Yasser Arafat, líder e fundador do Fatah, em um hospital da França, sob suspeitas de envenenamento.

Investigações independentes confirmaram o assassinato, mas a liderança da AP e do Fatah — sob o regime de Abbas — não corroboraram as evidências, até então.

 LEIA: Pavimentar o caminho à solidariedade permanente com os palestinos é urgente

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