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AP planeja processar Israel por hackear celulares palestinos

Smartphone acessa website do grupo israelense NSO, desenvolvedor do spyware Pegasus, 21 de julho de 2021 [JOEL SAGET/AFP via Getty Images]
Smartphone acessa website do grupo israelense NSO, desenvolvedor do spyware Pegasus, 21 de julho de 2021 [JOEL SAGET/AFP via Getty Images]

A Autoridade Palestina (AP) confirmou ontem (10) que planeja processar as autoridades da ocupação israelense por invadir celulares de servidores públicos palestinos.

Em nota, a chancelaria em Ramallah reportou que alguns de seus trabalhadores tiveram seus telefones hackeados pelo software espião Pegasus, desenvolvido em Israel.

Uma investigação conduzida pelos grupos de direitos humanos Front Line Defenders, Citizen Lab e Anistia Internacional descobriu que ao menos seis palestinos tiveram seus celulares hackeados pelo spyware israelense.

Conforme as evidências, três das vítimas trabalhavam em um ong local; outras três trabalhavam no Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina.

A chancelaria descreveu a invasão como “parte da agressão contínua israelense” contra o povo palestino, suas organizações e lideranças.

“Costumávamos esperar que nossos telefones fossem infiltrados e que tudo que enviássemos fosse monitorado”, reiterou a nota. “Agora, temos evidências e documentos legais para reconhecer a existência da intrusão israelense”.

O ministério destacou que “usará todas as alternativas disponíveis para expor tais práticas e indiciar a ocupação por violar os direitos e a privacidade do povo palestino”.

Na última semana, os Estados Unidos decidiram sancionar o Grupo NSO, responsável por desenvolver o spyware israelense e fornecê-lo a governos estrangeiros para atacar jornalistas, empresários, ativistas, acadêmicos, diplomatas, entre outros.

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