Portuguese / English

Middle East Near You

Sudão: Golpe militar não afetará a normalização com Israel, diz diplomata

O povo sudanês toma as ruas após a tentativa de "golpe militar" em Cartum, Sudão, em 25 de outubro de 2021 [Ömer Erdem/Agência Anadolu]

Um alto diplomata sudanês disse ontem que não se espera que o golpe militar em seu país afete dramaticamente o processo de normalização com Israel, informou a mídia israelense.

Falando à emissora pública israelense Kan, o diplomata disse que muitos dos líderes militares apóiam a normalização dos laços com Israel.

Ele também disse que a tomada de posse fortaleceu a posição dos militares à medida que o governo foi dissolvido e um estado de emergência foi declarado no país.

“Os militares cometeram um grande erro ao jogarem fora a parceria com os funcionários civis. Eles estão subestimando a resposta do povo, que está farto dos golpes militares, e podem enfrentar uma revolta”.

LEIA: Militares matam três e ferem 80 durante os protestos anti-golpe no Sudão

Segundo Kan, o diplomata sudanês afirmou que o primeiro-ministro deposto Abdalla Hamdok tinha a intenção de viajar para Washington em breve para assinar formalmente o acordo de normalização.

Fontes disseram ao jornal israelense Haaretz que a situação interna no Sudão “dificultou” para Cartum “o avanço dos contatos com Israel como os outros países”.

O Sudão concordou em normalizar os laços com Israel em outubro do ano passado, poucos meses antes de os Estados Unidos o retirarem de sua lista de patrocinadores estatais do terrorismo, permitindo maiores investimentos financeiros internacionais.

Ontem os militares no Sudão dissolveram o governo de transição e detiveram o primeiro-ministro Hamdok, numerosos outros oficiais também foram detidos ou são incontactáveis. Um estado de emergência foi declarado no que os sudaneses chamaram de golpe contra a revolução.

LEIA: Exército do Sudão dissolve governo de transição em aparente golpe militar

Categorias
ÁfricaIsraelNotíciaOriente MédioSudão
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments