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Militares matam três e ferem 80 durante os protestos anti-golpe no Sudão

Manifestação em apoio ao atual governo civil em Khartoum, Sudão, em 21 de outubro de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Pelo menos três manifestantes foram mortos e outros 80 ficaram feridos nesta segunda-feira por tiros militares em frente à sede do exército sudanês na capital Cartum, disse um comitê médico, segundo relatou a Agência Anadolu.

De acordo com o Comitê Central de Médicos Sudaneses, o exército disparou balas vivas contra os manifestantes que protestavam contra o golpe militar.

Os protestos ocorreram em resposta à prisão militar do primeiro-ministro Abdalla Hamdok e de membros do governo civil em Cartum, na segunda-feira anterior.

O Ministério da Cultura e Informação disse que os militares prenderam Hamdok depois que ele se recusou a apoiar o que ele descreveu como um “golpe”.

LEIA: Exército do Sudão dissolve governo de transição em aparente golpe militar

Também na segunda-feira, o General Abdel-Fattah al-Burhan, chefe do conselho militar governante do Sudão, declarou estado de emergência e dissolveu o Conselho Soberano, que foi criado para administrar o país após a expulsão do Presidente Omar al-Bashir, em 2019.

Após um golpe militar fracassado no mês passado, tensões profundas entre os militares e a administração civil irromperam no Sudão em meio a recentes protestos rivais em Cartum.

Antes da dissolução, o Sudão foi administrado pelo Conselho Soberano de autoridades militares e civis, que supervisionou o período de transição até as eleições previstas para 2023, como parte de um precário pacto de compartilhamento de poder entre os militares e a coalizão Forças pela Liberdade e Mudança.

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