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Príncipe herdeiro saudita é impopular na família real, afirma ex-agente da CIA

Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, na cidade de Jeddah, 18 de setembro de 2019 [MANDEL NGAN/AFP/Getty Images]

Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, não é popular entre a família real, embora desfrute de prestígio entre a juventude do país, afirmou ontem (25) Michael Morell, ex-vice-diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).

Os jovens abrangem cerca de 70% da população saudita.

Em entrevista ao programa “60 Minutes”, exibido pela rede CBS, Morell argumentou que Saad Al-Jabri, ex-agente da inteligência saudita e agora dissidente, “salvou a vida de muitos americanos”, ao longo de seu trabalho para combater o terrorismo.

“Sou um grande fã de Al-Jabri”, declarou o ex-oficial da inteligência americana, ao descrevê-lo como “brilhante e incrivelmente leal a seu país”.

Questionado se Washington possuía alguma responsabilidade sobre a segurança de Al-Jabri, Morell enfatizou que a CIA lhe deve “muito”.

“Sinto alguma obrigação junto ao dr. Saad? Sim”, respondeu. “Todos na CIA sentem. Se o país vai fazer alguma coisa ou não, daí não sei. É uma pergunta difícil”.

Al-Jabri foi conselheiro de segurança de Mohammed Bin Nayef, ex-príncipe herdeiro da Arábia Saudita, antes de fugir ao Canadá em 2017. Era considerado aliado dos serviços de inteligência e das forças de contraterrorismo dos Estados Unidos.

Seus filhos, Omar e Sarah, foram presos por Bin Salman a fim de atraí-lo de volta ao reino.

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