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Mulher morta é eleita para o parlamento do Iraque

Uma candidata às eleições parlamentares iraquianas conquistou uma cadeira no parlamento de Bagdá, apesar de ter falecido em agosto.

Uma candidata às eleições parlamentares iraquianas conquistou uma cadeira no parlamento de Bagdá, apesar de ter falecido em agosto.

A candidata independente, Ansam Manuel Iskandar, figurou na lista dos vencedores nas eleições desta semana, obtendo 2.397 votos e conquistando um dos cinco assentos atribuídos à comunidade cristã do país pelo sistema de cotas.

A vitória de Iskandar, no entanto, não foi para ser apreciada, já que muitos usuários das redes sociais expressaram sua raiva por ela ter sido autorizada a concorrer às eleições, apesar de ter morrido há quase dois meses.

Em uma postagem no Facebook publicada em sua página por sua família, eles confirmaram que “ela morreu em 24 de agosto, após ser infectada com o coronavírus”. Eles também responderam aos comentários irados dos usuários, dizendo que eles permitiram que ela fosse eleita para “imortalizá-la e sua crença nela e sua relutância em ter seus votos em vão”.

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A família insistiu que, embora alguns não soubessem de sua morte, “ela foi eleita porque tem uma carreira valiosa no campo do trabalho e uma trajetória cooperativa no campo da humanidade e está ao lado da juventude”.

Eles justificaram a continuação da candidatura de Iskandar referindo-se ao seu “grande impacto na juventude” e, principalmente, ao fato de “ela não ter propaganda eleitoral, nem foto pendurada na rua, nem anúncio no Facebook”.

Nas eleições do Iraque realizadas no domingo – que tiveram um comparecimento eleitoral baixo recorde com 41 por cento – viram o partido do clérigo xiita iraquiano, Muqtada Al-Sadr, liderar e ganhar a maioria das cadeiras, seguido pelo bloco Taqaddoum (progresso), do presidente do Parlamento, Mohamed Al-Halbousi, em segundo lugar, e o bloco do Estado de Direito liderado pelo ex-primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, em terceiro.

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